O Grêmio adotou um novo planejamento na busca por reforços. Apesar da brecha aberta pela CBF para a inscrição de novos jogadores entre 1º e 19 de abril, a direção tricolor mantém o ajuste fiscal como prioridade e planeja esperar a janela de julho para contratar jogadores de mais impacto. Para isso, a ideia será adotar uma estratégia semelhante à utilizada na aquisição do atacante Cristian Pavon.
Sem recursos no orçamento para reforços de impacto, o clube utilizou a criatividade para viabilizar a chegada do argentino. Para pagar os US$ 4 milhões (R$ 19,8 milhões) pedidos pelo Atlético-MG, a direção tricolor conseguiu uma condição suave de parcelamento e utilizou parte dos recursos oriundos das vendas de Rodrigues, Ferreira e Campaz.
Desta forma, apesar do alto preço, a operação não onerou os cofres do Grêmio de forma significativa. Na janela do meio do ano, a ideia será utilizar uma estratégia semelhante. Se houver a entrada de algum recurso extra por conta de uma eventual negociação, uma parte do valor deve ser destinada a contratações.
Contudo, mesmo se não ocorrerem vendas no meio do ano, o Grêmio tem um trunfo na "manga". Com a assinatura do contrato com a Globo, o clube tem condições de antecipar receitas e de obter empréstimos bancários com garantias mais concretas.
A grande prioridade é a contratação de um zagueiro. Alvo da direção nos últimos dias da janela encerrada nesta quinta (7), Pedro Henrique, do Athletico-PR, não deve ser contratado pelo Tricolor. Além dos altos valores envolvidos e da incerteza física que existe sobre o atleta, a ideia é esperar pela janela do meio do ano, quando o mercado europeu deve apresentar opções mais tarimbadas.
A abertura da CBF para contratações até 19 de abril não empolga a direção gremista. Afinal, reforços que desembarcarem nesta data não poderão disputar a fase de grupos da Copa Libertadores, grande prioridade do clube no primeiro semestre.