Em entrevista ao podcast Casão Pod Tudo, do comentarista e ex-jogador Walter Casagrande Júnior, Renato Portaluppi falou sobre seu desejo de um dia ser técnico da Seleção Brasileira. Conforme o comandante gremista, ele já atingiu as metas para merecer um convite. A conversa foi gravada em outubro e lançada nesta quinta-feira (14).
— Eu trabalho para isso. O que é necessário para chegar na Seleção? Fazer um grande trabalho e ganhar títulos. Como jogador, jogar bem. Isso eu faço. Se eu vou receber oportunidade, não cabe a mim. Qualquer treinador que não tem esse pensamento, não se garante. O jogador também tem que ter esse pensamento, essa ambição. Não pode desanimar, tem que correr atrás — disse Renato.
Por enquanto, Fernando Diniz comanda a Seleção Brasileira até junho, quando a CBF pretende anunciar o italiano Carlo Ancelloti, do Real Madrid. Renato, por outro lado, ainda está em negociação com o Grêmio para garantir sua permanência na temporada 2024.
Durante a entrevista, Renato também explicou os motivos de ter aprovado o retorno de Luan ao Grêmio e também sobre a polêmica de ter deixado o Beira-Rio sem se manifestar para a imprensa após a derrota no clássico Gre-Nal.
Conforme Portaluppi, criou-se uma opinião acima da realidade sobre o futebol de Luan, a quem ele considera um "bom jogador", mas não um craque, e que a recontratação do atual camisa 7 teve como objetivo sua recuperação como ser humano.
— Muita gente consagrou ele como um craque. Ele não é um grande craque. É um bom jogador, que nos ajudou bastante na conquista da Copa do Brasil, na conquista da Libertadores. No Grêmio, ele quebrava a noite, mas eu dizia para ele: "se você se bancar, vai para o estouro". Mas no Corinthians ele não estava achando o freio, só o acelerador. Agora eu falei para o presidente que ele poderia novamente nos ajudar. Ele é um bom garoto, mas estava no fundo do poço. E a primeira coisa que eu fiz foi tentar recuperar o ser humano, com uma grande oportunidade. O que está faltando é ritmo de jogo — destacou.
Sobre a viagem ao Rio de Janeiro imediatamente após a derrota para o Inter, Renato explicou que tinha um compromisso importante e que não poderia perder, porém era um assunto combinado internamente e que foi mal explicado.
— Costumo falar que o combinado não sai caro. Estava combinado que eu iria viajar após o Gre-Nal, estava tudo ok. Infelizmente, nós perdemos. Depois escutaram um lado, não sabiam direito a história. E durante a semana eu tinha dito que era para avisar a imprensa que eu não daria entrevista. Eu não podia perder o meu compromisso no outro dia cedo. Mas, quando se trata de Renato, qualquer pingo vira uma tempestade. Depois, quando dei a entrevista, coloquei panos quentes. Quem tinha que saber das coisas estava sabendo — afirmou.