Caio Henrique vive um momento de reflexão. Em entrevista ao ge.globo, o ex-lateral do Grêmio de 26 anos, que se recupera de uma grave lesão no joelho esquerdo, projetou a temporada 2024 e ressaltou o sonho de ser convocado pela Seleção Brasileira para a Copa América, que será realizada entre os meses de junho e julho.
O atleta, que passou pela Arena no início da temporada 2020, iniciou a carreira como meia, mas ganhou projeção quando mudou de posição e passou a jogar como lateral-esquerdo.
— Está em falta não só no Brasil. Isso acontece em todas as seleções. A função com o passar dos anos mudou bastante. A busca é por laterais equilibrados, que saibam atacar, defender, jogar pelo meio e se adaptem rápido ao que acontece no jogo, principalmente os europeus, com muitas formas de jogar. Se o jogador não se adaptar, não vai jogar — destacou.
Depois de surgir no Santos, Caio Henrique foi negociado com o Atlético de Madrid, da Espanha. Por lá, evoluiu sob o comando de Diego Simeone, além de conviver com Filipe Luís, o que acabou ajudando no desafio de se tornar lateral, algo que ocorreu em 2019, quando estava no Fluminense, sob o comando de Fernando Diniz.
— Era um momento em que eu estava no banco e vi uma oportunidade de jogar, de me apresentar para o torcedor do Fluminense. Justamente neste jogo, fui eleito o melhor em campo e não saí mais. Foi a virada de chave na minha carreira. Hoje, sou completamente adaptado. Me perguntam se eu tenho vontade de voltar ao meio, mas no momento não. Se precisar, posso ajudar, mas hoje me identifico mais como lateral — pontuou.
Destaque no Monaco, Caio Henrique já foi convocado por Diniz. Foi na primeira rodada das Eliminatórias, em setembro, na goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia. Na ocasião, foi a campo aos 25 minutos do segundo tempo, no lugar de Renan Lodi.
Não é certo que Caio Henrique e Fernando Diniz se reencontrem durante a disputa da Copa América. Isso porque a expectativa é de Carlo Ancelotti, atual treinador do Real Madrid, assuma a equipe brasileira em junho. Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, no entanto, a questão está em segundo plano.
A lesão que o afastou dos gramados ocorreu em 22 de setembro, na derrota do Monaco para o Nice, por 1 a 0, pelo Francês. Conforme projetado, ele deve voltar a atuar em maio.