Por meio de liminar na Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD), o FC Cascavel pediu o bloqueio da premiação do vice-campeonato do Brasileirão do Grêmio. O clube paranaense argumenta que não recebeu os 30% referentes à venda de Bitello ao Dínamo Moscou, da Rússia. Procurado pela reportagem, o departamento jurídico tricolor confirma que foi notificado e irá avaliar o pedido. O time gaúcho tem até a próxima sexta-feira (15) para se manifestar sobre o processo para a CNRD.
Ainda em setembro, a compra foi definida em duas parcelas, com a primeira já tendo sido paga. A segunda terá de ser depositada na metade de 2024. A transferência tem como montante 10 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões pela cotação da época).
Conforme estabelecido em contrato, 70% deste valor iria para os cofres gremistas (mais de R$ 36 milhões), com o restante sendo distribuído entre o clube formador e comissão de empresários (R$ 15 milhões). Caso o atleta alcance metas desportivas, os russos pagariam mais 1 milhão de euros (R$ 5,3 milhões).
O objetivo do Cascavel é bloquear o valor dado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), garantindo que a dívida seja paga. Como encerrou o campeonato na segunda colocação, o Tricolor tem direito a R$ 45,4 milhões.
— Já conseguimos uma liminar para apresentação de documentos e agora estamos aguardando uma liminar ainda este ano para bloquear os valores — afirma Nixon Fiori, advogado do Cascavel.
Com a camisa do Dínamo, Bitello disputou 15 jogos (13 como titular), tendo marcado cinco gols e dado duas assistências.