O Grêmio está prestes a arrecadar quase R$ 40 milhões pela venda iminente do meia Bitello ao Dinamo Moscou-RUS. O valor será destinado ao pagamento de dívidas e é fundamental para que o clube siga pagando em dia os salários do grupo principal até o final do ano.
Por conta da crise financeira que assola os cofres tricolores, a negociação do meio-campista não fará o clube ir às compras e muito menos proporcionará um poder de investimento alto na busca por reforços para a próxima temporada. Até porque a quantia é insuficiente inclusive para a direção bater a orçada para a venda de atletas em 2023.
Nesta temporada, a direção estimou arrecadar R$ 75 milhões com venda de jogadores e, ainda assim, prevê ao final do ano um déficit de R$ 49,5 milhões. Porém, até agora, no primeiro semestre, o clube arrecadou apenas R$ 10 milhões com negociações e, ainda assim, registra um déficit de R$ 96 milhões.
Com a venda de Bitello aos russos, que depende apenas de detalhes para ser oficializada, o Tricolor já baterá dois terços da meta de vendas e reduzirá o déficit para cerca de R$ 56 milhões, uma quantia mais próxima da orçada pelo clube.
Apesar de insuficiente para resolver os graves problemas financeiros pelo qual passa o Grêmio, a venda do meio-campista é fundamental para que o Tricolor consiga manter os salários do grupo principal em dia até o final do ano.
Para bater as metas orçamentárias, o clube aposta em possíveis vendas de jogadores de menor porte e também nas premiações da Copa do Brasil e do Brasileirão, que devem ser superiores às orçadas no início da temporada, em função do bom rendimento desportivo da equipe.
Porém, há ainda a possibilidade de o clube zerar o déficit, ou pelo menos chegar perto disso, se conseguir vender as placas de publicidade do Brasileirão e, especialmente, se houver a assinatura do contrato para a criação da Libra.