O Grêmio tentou, mas não conseguiu chegar a um acordo com o FC Cascavel para aumentar o seu percentual de lucro na venda do meia Bitello para o Dinamo Moscou-RUS. Como o clube paranaense não abre mão dos 30% a que tem direito na negociação, o faturamento gremista será de aproximadamente 7 milhões de euros (R$ 37 milhões), equivalente aos 70% dos direitos econômicos dos quais o Tricolor é dono.
Tanto Grêmio quanto Bitello já aceitaram a proposta de cerca de 10 milhões de euros (R$ 53 milhões) apresentada pelos russos, e o negócio depende apenas de questões burocráticas para ser concretizado. O jogador ainda está no Marrocos, onde defendeu a seleção olímpica e pode viajar ainda nesta terça (12) a Moscou para realizar exames médicos no novo clube.
Como o Grêmio detém 70% dos direitos econômicos de Bitello, e o Cascavel é dono de 30%, o Tricolor gaúcho deve repassar 3 milhões de euros (R$ 16 milhões) ao clube do oeste paranense, ficando no total com 7 milhões (R$ 37 milhões).
Para aumentar a sua margem de lucro, a direção gremista tentou convencer o Cascavel a abrir mão de algo entre 5% a 10% dos direitos do meio-campista. O procedimento é relativamente comum no futebol e, por vezes, clubes menores acabam cedendo uma parte dos seus percentuais aos clubes maiores para garantir a realização do negócio, uma vez que esses valores por vezes são bem superiores à totalidade dos seus orçamentos anuais.
Contudo, o Cascavel não cedeu. Em contato com GZH, o presidente do clube parananese, Valdinei Silva, confirmou a procura do Grêmio, mas diz que não irá abrir mão de nenhum centavo que o clube tem direito.
— Está no contrato que o Cascavel tem direito a 30% (dos direitos de Bitello). Logo, temos que cumprir o que está escrito. O Grêmio era dono de 50% do jogador e, no ano passado, exerceu uma cláusula estipulada em contrato e comprou 20% dos direitos do Bitello que eram nossos por R$ 400 mil. Em nenhum momento nós dissemos que o valor deveria ser maior pelo fato de o Bitello já ter se tornado titular do Grêmio. Afinal, estava escrito no contrato. Agora, o que está escrito também deve ser cumprido — disse Valdinei.
A negociação está na fase final e depende apenas de questões burocráticas para ser finalizada. E, ao menos que os russos paguem mais do que os 10 milhões de euros acenados inicialmente, os cofres tricolores serão reforçados em aproximadamente 7 milhões de euros (R$ 37 milhões).