A direção do Grêmio apresentará na noite desta segunda-feira (28) ao Conselho Deliberativo os números do segundo trimestre de 2023. No acumulado de todo o primeiro semestre, o déficit do clube alcançou a marca de R$ 96 milhões. O orçado para o período era de R$ 84 milhões. Em relação aos três meses que serão avaliados na reunião, o segundo trimestre teve déficit de R$ 16 milhões. O dobro do que era projetado.
O clube avalia que os números indicam um cenário mais positivo do que o esperado pelo crescimento significativo de algumas receitas. As iniciativas do clube em marketing e o aumento de sócios, como também os valores recebidos em premiações pela campanha na Copa do Brasil, geraram R$ 20 milhões a mais do que estava previamente orçado. O que ainda dificulta a estabilização das contas é a falta da injeção de receitas pela venda de atletas.
Alguns pontos contribuíram para o aumento da projeção de déficit do ano. Nos primeiros seis meses, o Grêmio gastou R$ 13 milhões a mais do que o esperado no futebol. Em rescisões de contratos, o clube gastou R$ 14 milhões a mais do que o projetado.
A despesa financeira no semestre ficou R$ 8 milhões acima do orçado, apenas R$ 1 milhão no trimestre. Esses valores correspondem ao pagamento de juros dos empréstimos buscados.
Uma das questões que podem ajudar o clube a evitar o déficit ao final deste ano é a venda de atletas. O Grêmio orçou arrecadar R$ 75 milhões em negociações de atletas em 2023. Até o momento, a marca segue muito longe de ser alcançada. Sem nenhuma venda de maior expressão, o montante arrecadado em oito meses é de R$ 10 milhões.