Além do foco na disputa da Copa do Brasil e do Brasileirão, o Grêmio também se movimenta para resolver questões fora de campo. O clube orçou realizar R$ 75 milhões em negociações de atletas em 2023. Até o momento, a marca segue muito longe de ser alcançada. Sem nenhuma venda de maior expressão, o montante arrecadado em oito meses é de R$ 10 milhões.
O clube fez uma série de negociações pontuais até agosto. As saídas de Adriel, Thomas Luciano, Campaz, Thaciano, Kauan Kelvin e Brenno não tiraram peças importantes do grupo. Mas são negociações que movimentaram valores bem mais baixos do que o necessário para recuperar a situação financeira do clube.
A esperança de mudar este cenário é com a manutenção da atividade do mercado europeu. Como as principais ligas ainda estão com suas janelas de transferências abertas, é esperado que novas propostas cheguem à Arena.
É o caso de Bitello, que já teve uma oferta de 6 milhões de euros do Dynamo de Moscou recusada. Villasanti também esteve na lista do Porto, que acabou concretizando a compra de Alan Varela, do Boca Juniors. Cuiabano é outra peça do grupo atual de Renato que gerou interesse do Exterior.
Como o principal objetivo é manter um time competitivo, o cenário ideal apontado pela direção é de arrecadar recursos com jogadores que não estão mais no clube. É o caso de Pepê, atualmente no Porto.
O atacante interessa a clubes da Inglaterra, e o Tricolor tem a expectativa de lucrar mais por conta de uma das cláusulas do acordo. Ficou acertado que o Grêmio tem direito a 12,5% de mais-valia de uma futura venda. Como os portugueses pagaram 15 milhões de euros (R$ 98,1 milhões na cotação da época), qualquer oferta superior a este valor reverterá este percentual da venda ao clube gaúcho.
O Grêmio também tem direito a 10% do valor de qualquer transação envolvendo Vanderson. O lateral do Mônaco despertou o interesse de vários clubes de expressão da Europa, mas também não teve propostas formalizadas até o momento.
Ruan e Matheus Henrique, ambos no Sassuolo-ITA, também podem mudar de clube nesta janela de transferências. Mas no caso da dupla, o Grêmio teria apenas direito ao repasse do mecanismo de solidariedade. Como clube formador dos jogadores, um percentual de até 5% do valor da transação seria destinado ao Tricolor.