O Grêmio passou a terça-feira (27) debatendo a possibilidade de Luis Suárez viajar para Barcelona. A informação do pedido do artilheiro, trazida pela imprensa uruguaia, dá conta de que o centroavante gostaria de fazer uma consulta com o médico de sua confiança, Ramón Cugat, com quem operou o joelho direito em outras ocasiões.
A diretoria tricolor confirma estas conversas. Como as quartas de final da Copa do Brasil contra o Bahia serão nos dias 4 (ida, em Salvador) e 12 de julho (volta, em Porto Alegre), o dilema do clube é entender a necessidade desta viagem, quando ela ocorreria e quanto tempo levaria para o camisa 9 retornar.
A artrose ganhou o noticiário há uma semana, quando a reportagem de GZH informou que o jogador de 36 anos não tem mais suportado as dores após os jogos. Agora, já se admitiria a necessidade de uma parada por um período, incluindo uma consulta ou um tempo de tratamento em Barcelona.
— Ele avalia parar, com uma viagem a Barcelona, para reconstruir a cartilagem de seu joelho, ou permanecer em um tratamento que lhe permita jogar, mesmo que com o joelho ainda doendo — afirmou Diego Muñoz, repórter da ESPN uruguaia, em entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça (27).
Em coletiva no último domingo, o técnico Renato Portaluppi deixou claro que um debate está ocorrendo no clube:
— Tem muita coisa acontecendo. Não vamos crucificar o clube nem os dois jornalistas (Marco Souza e Eduardo Gabardo, de GZH, que publicaram matéria sobre a cogitação da aposentadoria). Como treinador, espero que seja um final feliz porque precisamos dele. Ele tem dores no joelho também, tem outras coisas acontecendo, mas isso foge de mim. Isso é entre diretoria e o jogador. Espero que possa se resolver da melhor maneira para que possamos continuar tendo o Suárez.
A definição entre Grêmio e Suárez passa pela palavra do médico espanhol. É Ramón Cugat quem, com o consentimento do jogador, definirá se será feito novo procedimento cirúrgico ou se optará por um tratamento conservador, em Porto Alegre ou na cidade catalã. Enquanto houver este cenário de indefinições, nenhum dirigente gremista deverá conceder entrevistas.