O Grêmio divulgou na última segunda-feira (5) o balanço financeiro do primeiro trimestre de 2023. De acordo com o relatório apresentado aos conselheiros no final de maio, o clube teve um déficit de R$ 80,1 milhões nos três primeiros meses da gestão Alberto Guerra.
O valor quase iguala o resultado negativo somado ao longo de toda a última temporada, quando o Tricolor finalizou 2022 com um déficit de R$ 96,3 milhões. Entretanto, a quantia computada agora diz respeito apenas a janeiro, fevereiro e março deste ano.
Apesar da cifra expressiva, o Conselho de Administração gremista já havia previsto no orçamento apresentado antes do início da gestão um déficit de quase R$ 76,5 milhões.
— O clube apresentou déficit de R$ 80 milhões. Três milhões acima do nosso orçamento. Foi um resultado dentro do previsto, uma vez que pegamos o clube após um ano de Série B, com receitas reduzidas e com compromissos de folha do futebol, além de juros bancários acima do esperado pela necessidade de endividamento no período — explicou o presidente Alberto Guerra em contato com a reportagem.
Para diminuir o prejuízo no segundo semestre, fontes consultadas por GZH admitem a obrigatoriedade de se vender um jogador na próxima janela de transferências, que se abre em julho.
Nos bastidores, fala-se que Bitello é a bola da vez para receber propostas. Até agora, com as saídas de Campaz e Thaciano, foram arrecadados apenas R$ 5,3 milhões em negociações de atletas, mais R$ 187 mil por meio do mecanismo de solidariedade.
Outra receita que também não aparece neste primeiro balanço do ano diz respeito às premiações de competições. Os pagamentos referentes às fases da Copa do Brasil devem constar já no próximo relatório. Por ter chegado às quartas de final do torneio, o Tricolor receberá R$ 12,8 milhões da CBF.
Outro item que chama a atenção diz respeito ao quadro social, que acumulou R$ 18,6 milhões líquidos (quase R$ 6 milhões a mais do que o mesmo período de 2022), muito por conta da contratação de Luis Suárez. Porém, como o clube alcançou o patamar de 100 mil sócios em maio, as cifras tendem a aumentar no balanço do próximo trimestre.
Nos números apresentados, o clube também informou uma redução dos custos com o futebol profissional. Depois de abrir janeiro com uma folha de R$ 18,8 milhões, e aumentá-la para R$ 20,8 milhões em fevereiro, março encerrou com investimentos de R$ 17,3 milhões.
Confira os números do primeiro trimestre de 2023
- Déficit: R$ 80,1 milhões
- Custo do futebol profissional: R$ 56,9 milhões
- Arrecadação com quadro social: R$ 18,6 milhões
- Vendas de jogadores: R$ 5,3 milhões
- Mecanismo de solidariedade: R$ 187 mil
- Premiações por competições: nenhuma