O Grêmio passa por um momento de reestruturação dentro e fora de campo. Além de mudar a fotografia do grupo de jogadores, a gestão de Alberto Guerra também trabalha para sanar as dificuldades financeiras que o clube trouxe junto da Série B do ano passado. Algo que atrapalhará a atual direção na atual temporada.
O principal problema do déficit registrado de R$ 96 milhões em 2022 é o que ficou acumulado para ser pago de juros dos empréstimos bancários feitos durante da Série B. Mensalmente, o clube paga cerca de R$ 4 milhões apenas para não aumentar o valor devido às instituições que emprestaram dinheiro ao clube no ano passado. O valor equivale a um terço da atual folha salarial.
Após as saídas de Thaciano e Thiago Santos, e a aposentadoria de Lucas Leiva, o Grêmio paga menos do teto estipulado pela atual gestão para a folha salarial do departamento de futebol. O clube projetava pagar até R$ 12, 5 milhões por mês.
Apesar da projeção de aproximadamente R$ 108 milhões em receitas, com a injeção de recursos vindos do crescimento do quadro social e de novos acordos de patrocínios, é esperado que o clube encerre o ano com um déficit de R$ 49,5 milhões. O que pode ser reduzido em caso da entrada de recursos que não estão orçados.
Essa pressão nas contas gremistas fez com que a dívida total do clube saltasse de R$ 23 milhões para R$ 77 milhões. Principal válvula de escape no futebol brasileiro para as finanças, a saída projetada é vender jogadores. Dentro do cenário de déficit superior a R$ 49 milhões, a projeção é arrecadar cerca de R$ 73 milhões em negociações de atletas.