Apesar de ter orçado um resultado negativo de R$ 49,5 milhões em 2023, a direção do Grêmio traça pelo menos cinco estratégias para reduzir de forma significativa ou até (em uma hipótese otimista) zerar este déficit. Para isso, o clube aposta em vendas de jogadores, aumento de sócios, ações de marketing, premiações e a adesão à Libra.
O fato é que a situação financeira do clube é considerada preocupante. Afinal, o Tricolor apresentou um déficit de R$ 96 milhões em 2022 e, conforme o orçamento aprovado nesta segunda (27) pelo Conselho Deliberativo, o prejuízo pode seguir alto na atual temporada.
Confira as cinco estratégias da direção para reduzir ou até zerar o déficit em 2023:
1) Vendas de Jogadores
O plano orçamentário do clube prevê a arrecadação de R$ 73 milhões com vendas de jogadores. Contudo, eventuais saídas de Bitello e de um goleiro (Brenno ou Gabriel Grando), aliadas às prováveis negociações de Vanderson e Pepê na Europa podem fazer o valor arrecadado ser superior ao estimado.
2) Plano de sócios
Com 89 mil sócios ativos, o Grêmio está a três mil de superar o maior índice de associados da sua história. A meta do clube é superar os 100 mil, o que também geraria um aumento de receitas em relação ao orçado.
3) Ações de marketing
O Grêmio prepara 39 ações de marketing que podem gerar receita extra. Essas, ainda não foram tornadas públicas, mas estão sendo articuladas pelo departamento de marketing e também podem ajudar a turbinar os cofres.
4) Premiação
A direção estabeleceu uma meta conservadora em relação às premiações de 2023. No plano orçamentário, são considerados nesta rúbrica os valores que o clube ganhará se chegar às oitavas de final da Copa do Brasil e se for oitavo colocado no Brasileirão. Logo, qualquer resultado esportivo superior a isso significará uma receita extra significativa.
5) Libra
Se for confirmada a adesão do Grêmio à Libra, o clube deve arrecadar cerca de R$ 100 milhões em luvas do fundo Mubadala, principal investidor da liga. Este valor seria relativo a um contrato de 50 anos, mas entraria nos cofres do clube agora, o que eliminaria o déficit e evitaria que o Tricolor tivesse que recorrer a empréstimos bancários para tapar o rombo, o que já ocorreu em 2022, quando o déficit foi de R$ 96 milhões, e sempre acarreta uma despesa maior para o ano seguinte por conta do pagamento de juros.