As torcidas organizadas Geral do Grêmio, Garra Tricolor e Jovem do Grêmio estão temporariamente suspensas por decisão do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos de Porto Alegre. O documento foi assinado no último dia de 2022. Os torcedores estão proibidos de acessar estádios de futebol onde o Grêmio atuar, independentemente de mando de campo, durante o processamento da ação.
A decisão está no âmbito da ação civil pública (ACP) proposta pelo MP em maio do ano passado, após o Gre-Nal 435 (em 9 de março de 2022) no Beira-Rio, em que as torcidas organizadas do time tricolor entoaram cânticos de cunho racista.
A medida atende a pedido do Ministério Público (no âmbito de ação civil pública), que requer, conforme acordo prévio, a apresentação de documentos e dados por parte das torcidas. Apesar das organizadas serem vinculadas ao Grêmio, o clube não tem responsabilidade sobre a entrega dos documentos e das informações solicitadas pela Justiça. Consultado pela reportagem, o Tricolor se manifestou sobre a situação:
— O Grêmio, ciente da importância do cadastramento das suas torcidas, está empenhado em ajudar tanto o Poder Público quanto seus torcedores neste processo — disse o executivo jurídico do Grêmio, Guilherme Stumpf.
Enquanto a medida estiver em vigor, as organizadas estão proibidas de acessar ao estádio na condição de integrantes, devendo, inclusive, ser bloqueado o sistema de acesso biométrico de todos os seus integrantes. Além disso, os torcedores ficarão proibidos de portar bandeiras, camisetas, faixas, bandeirões e instrumentos musicais que identifiquem as organizadas.
A Arena do Grêmio, através da assessoria de imprensa, informou que acatará a decisão do Juizado do Torcedor e não permitirá a entrada de quaisquer materiais alusivos às torcidas punidas.