O período de dois a três meses sem realizar atividades físicas de alto rendimento será fundamental para definir o futuro de Lucas Leiva. O Grêmio divulgou nesta quinta-feira (15) um comunicado informando que o jogador permanecerá sem treinar ou participar dos jogos durante este período, e que será monitorado pelo departamento médico. O clube também informou que Lucas foi atendido pelos cardiologistas Leandro Zimerman e Ricardo Stein.
Segundo o médico Ricardo Stein, especialista em Cardiologia do Exercício e do Esporte, é importante que este período sem atividades físicas aconteça para identificar qual é a origem da condição que afetou o coração do jogador. Após o tempo em repouso, será possível eliminar possibilidades de causa das alterações detectadas nos exames.
— A estratégia utilizada é esta para podermos reavaliar o Lucas sem o componente exercício intensivo — comentou.
Após o período de repouso do jogador, os exames serão refeitos. Com as informações coletadas, sem o componente de esforço intenso da atividade de atleta profissional, será possível ter um diagnóstico mais preciso e definir o rumo de tratamento que será adotado.
— Após dois ou três meses de destreinamento, vamos poder ter um diagnóstico mais preciso. Serve para que possamos separar situações mais benignas de menos benignas. E se por algum acaso estamos em um cenário de regressão. Se não mudar nada ou piorar, existe uma doença e vamos poder identificar.
O primeiro indício de problema foi detectado no coração de Lucas Leiva durante a realização de exames de pré-temporada. Os médicos do Grêmio identificaram uma anomalia no ecocardiograma do volante. Por garantia, se requisitou a realização de testes complementares. Uma ressonância magnética confirmou o problema e o jogador foi afastado dos trabalhos de pré-temporada.