Afastado por conta de alteração cardíaca dos treinos de pré-temporada do Grêmio, Lucas Leiva aguarda em Porto Alegre por mais informações. O diagnóstico do volante de 35 anos é de acinesia, uma condição que impede o funcionamento correto da musculatura do coração.
Sem a movimentação correta do órgão, o sangue não é bombeado de forma necessária para abastecer todo o corpo. Até o momento, não há definição de tratamento, da necessidade de intervenção cirúrgica ou se ele seguirá com sua carreira de jogador de futebol.
O cardiologista Fábio Cañellas, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul - SOCERGS, consultado por GZH, explica que esse quadro tem uma definição de tratamento somente após a investigação da causa e da intensidade do problema. Assim, a gravidade da situação de Leiva dependerá da avaliação dos exames por parte de um especialista.
— Acinesia é um termo utilizado para explicar que uma parede do coração não contraí. Essa acinesia pode gerar arritmia, que é quando o coração bate fora do ritmo correto. Pode ser algo simples ou uma situação que requer um tratamento mais invasivo. É muito difícil de avaliar, então deve ser investigado — explicou Cañellas.
As suspeitas do Grêmio se iniciaram no final de semana. Após a realização dos primeiros exames da pré-temporada, os médicos identificaram uma anomalia no ecocardiograma do volante. Por garantia, se requisitou a realização de testes complementares. Mesmo pronto para a atividade do último domingo, Lucas Leiva foi informado no gramado de que não poderia participar do treino e que deveria retornar ao vestiário.
Uma ressonância foi marcada para a segunda (12), mas faltou luz na clínica onde o exame ocorreria e o procedimento foi remarcado para a manhã desta terça-feira. A ressonância confirmou o diagnóstico da acinesia, e uma consulta com um especialista foi agendada para a próxima quinta-feira (15).
Segundo fontes próximas ao jogador, Lucas Leiva está lidando bem com a situação. Após ter toda a bateria de exames feita sem nenhum problema identificado em julho, quando acertou o retorno ao Grêmio, o problema apareceu cinco meses depois.
Passado o choque inicial com o diagnóstico, Lucas está otimista em um desfecho positivo. Ele está cumprindo a determinação de repouso absoluto e espera por mais informações dos médicos. Mas somente após a consulta com especialista na quinta será possível determinar a gravidade do problema e o futuro da carreira do jogador.