A três dias da eleição entre os sócios do Grêmio para definir o novo presidente do clube, as duas chapas que concorrem acertam seus últimos detalhes na busca pelo voto dos cerca de 35 mil associados aptos a participar da assembleia geral deste sábado. Entre esses detalhes está a estrutura do departamento de futebol em 2023.
Tanto Odorico Roman, da Chapa 1, quanto Alberto Guerra, da Chapa 2, prometem profissionalizar o comando esportivo — e os nomes cotados de lado a lado são os principais alvos de interesse da torcida.
Odorico e Guerra têm ideias semelhantes de como montar o futebol nos bastidores. Um diretor-executivo irá tocar as operações mais importantes — como contratações e a organização do dia a dia no CT Luiz Carvalho. Ambos também planejam um intermediário entre comissão técnica e direção. O que muda é a nomenclatura: na Chapa 1, será o "supervisor de futebol", enquanto a Chapa 2 adotou o termo "gerente de futebol".
Além da estrutura similar, outro ponto de consenso entre os dois candidatos é o treinador: Renato Portaluppi será procurado pelo vencedor da eleição para seguir à frente da casamata gremista na próxima temporada. Apesar das investidas, Renato deixou claro que pretende permanecer neutro durante o período das eleições. O candidato vencedor, seja ele qual for, será recebido pelo técnico no Rio de Janeiro para que a negociação de sua permanência seja concluída.
A questão é saber quem estará acima de Renato, já que nenhuma das chapas abre o jogo sobre os nomes com quem estão alinhados — mesmo que os interesses de lado a lado sejam conhecidos nos bastidores.
Odorico Roman confirmou sua intenção de buscar executivos experientes, mas sem admitir que já negocia com Alexandre Mattos. Paulo Pelaipe foi elogiado por membros da Chapa 1 e é um nome possível para a supervisão do futebol — e, da mesma maneira, não foi citado pelo candidato a presidente.
Alberto Guerra segue a mesma lógica: disse, depois do primeiro turno, na segunda-feira (7), que quer profissionais de "referência no mercado", mas também preferiu não revelar suas opções — Rodrigo Caetano é o mais cotado para ser o executivo, e Luís Vagner Vivian seria seu gerente.
Por ora, nada confirmado. Mas não falta muito para o Grêmio conhecer seu futuro e o caminho que seguirá em 2023.
Os nomes
Chapa 1
CEO
Alex Leitão, 49 anos (anunciado)
Ex-CEO do Orlando City. Além da experiência de gestão em um clube da MLS, também acumula passanges na área do marketing.
Diretor-executivo
Alexandre Mattos, 46 anos (alvo)
Tem passagens por América-MG, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-MG e atualmente é o responsável pelo departamento de futebol do Athletico-PR
Supervisor de futebol
Paulo Pelaipe, 71 anos (alvo)
Acumula uma série de passagens pelo departamento de futebol do Grêmio. Também trabalhou em outros clubes brasileiros: Fortaleza, Corinthians, Flamengo, Criciúma, Vasco, Coritiba, São Caetano e, atualmente, é o executivo de futebol do Botafogo-SP
Chapa 2
CEO
A Chapa 2 negocia com candidatos, mas nenhum nome foi revelado até o momento
Diretor-executivo
Rodrigo Caetano, 52 anos (alvo)
Ex-jogador do Grêmio, Caetano começou a carreira como dirigente no clube. Passou por Vasco, Fluminense, Flamengo, Inter e, atualmente, ocupa o cargo de diretor-executivo do Atlético-MG
Gerente de futebol
Luís Vagner Vivian, 41 anos (alvo)
Começou a carreira na área de logística do Grêmio. Foi supervisor de futebol no clube entre 2013 e 2014, antes de ser contratado pela CBF. Trabalha na administração da Seleção Brasileira e atualmente ocupa o cargo de gerente de planejamento e operações da CBF.