Na contagem regressiva para o retorno à Série A, o Grêmio esteve perto de acabar com o martírio da terceira passagem pela Segunda Divisão. Mas o empate em 1 a 1 cedido ao Londrina depois de estar vencendo até os 40 minutos do segundo tempo atrapalhou os planos. Agora, precisará de pelo menos mais duas rodadas para confirmar matematicamente o acesso.
A equipe abre a semana de preparação para enfrentar o Bahia ainda lamentando os dois pontos perdidos no Estádio do Café. O Grêmio abriu o placar no final do primeiro tempo com mais um gol de Diego Souza, mas, na avaliação do próprio técnico Renato Portaluppi, recuou demais e permitiu que a partida ficasse aberta, ainda que aparentasse estar sob controle. E em um lance isolado, um pênalti marcado após consulta ao vídeo, a vitória se transformou em empate. Com gosto de derrota.
— O empate seria bom resultado antes do jogo, mas dentro das circunstancias da partida não foi. Tínhamos tudo para sair com uma vitória e carimbar nosso acesso diante do Bahia. Infelizmente não aconteceu, levamos um gol bobo — disse Renato.
Essa análise foi unânime no Grêmio. Entre os jogadores, Lucas Leiva comentou:
— Esperávamos a vitória, tivemos um ótimo primeiro tempo, com chances de gol, mas não concluímos melhor. No segundo tempo, baixamos, mas eles não tiveram tantas oportunidades e, numa bola na mão, deixamos de ganhar.
Na direção, a análise foi semelhante. O presidente Romildo Bolzan Júnior elogiou o primeiro tempo da equipe, mas lamentou o resultado no Estádio do Café:
— Fizemos um bom primeiro tempo, produzimos bastante e poderíamos ter feito um escore mais amplo. O empate, em um primeiro momento, olhando de fora, era um resultado importante. Mas, da forma como foi, deixando escapar como escapou, teve mais gosto de derrota do que propriamente de um empate.
Questionado se houve alguma ansiedade da equipe em relação à possibilidade de acesso antecipado, Bolzan garantiu que não foi este o motivo do empate no interior do Paraná. Segundo o presidente gremista, a reação já virá no próximo jogo, em casa, contra o Bahia, no domingo (16).
— Não vejo situação de ansiedade ou desequilíbrio. Às vezes, o resultado não vem, mas isso é o futebol. Temos ainda quatro jogos e vamos fazer o que temos de fazer. Dois resultados em casa já seguram bem as coisas. Essa é a situação que às vezes que um empate como esse, que teve cara de derrota, parece que tem alguma coisa. Mas não tem nada, o ambiente é bom, de tranquilidade — assegurou.
Para manter esse "ambiente bom, de tranquilidade", uma vitória sobre o Bahia será fundamental. É esperado um grande público na Arena, já que a partida, além do caráter decisivo, está marcada para domingo, 16h. Uma vitória deixará o caminho pavimentado para o retorno contra o Náutico, na rodada seguinte, revivendo os Aflitos como em 2005.
Claro, sem tanto drama, apesar do alerta de Renato:
— Falei que iríamos sofrer, mas podem ficar tranquilos que vamos subir.