Danrlei não será candidato à presidência do Grêmio em 2022. Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã deste domingo (16), o ex-goleiro afirmou que não irá se lançar ao cargo máximo do clube. Por ter encabeçado uma chapa que elegeu 46 nomes ao Conselho Deliberativo no fim de setembro, o ídolo gremista foi cogitado como potencial sucessor de Romildo Bolzan. O prazo de inscrições de chapas abre nesta segunda-feira (17), se estendendo até sexta (21).
— É uma situação que deveria ter sido pensada há bastante tempo. Não é do dia para a noite que a gente pode chegar e dizer: "Quero ser presidente do Grêmio". A não ser que tu já faça parte de administração, que não é o meu caso. Seria até desrespeito ao tamanho do clube. Óbvio que tenho vontade de ser presidente do Grêmio, mas daí teria que ter uma noção exata do que está acontecendo, da situação financeira, questões que ficam mais fáceis para quem já está dentro (da gestão) — declarou ele, que recentemente se reelegeu deputado federal.
O resultado da renovação de conselheiros já fez com que dois pré-candidatos retirassem suas candidaturas: Guto Peixoto, que representaria a situação política, e Carlos Galia. Desta forma, o atual cenário prevê uma disputa entre dois nomes — Alberto Guerra e Odorico Roman, ambos com passagens pelo departamento de futebol na última gestão.
O primeiro deles chegou a aparecer em fotos ao lado de Danrlei durante sua pré-candidatura. Porém, o ex-atleta, multicampeão com a camisa tricolor nos anos 1990, garante que não definiu apoio público ou acerto para compor uma futura gestão na Arena.
— O que eu digo é que, das vezes que conversamos, tive uma afinidade maior, mas não quer dizer que estou com o Guerra. Eu disse a todos que me ligaram que não trataria do assunto enquanto o Grêmio não resolvesse sua vida dentro de campo. Prefiro esperar para não atrapalhar a equipe e os jogadores. E deixando claro que, se eu apoiar algum candidato, vou apoiar porque acredito no trabalho deste cara. Não vou pedir nada em troca. Se me pedirem para indicar algum nome para o CA (Conselho de Administração), não tem problema. Mas eu não vou pedir nada para apoiar alguém — explicou.
O primeiro turno das eleições presidenciais, que ocorrerá apenas com os votos dos conselheiros, está agendado para o dia 3 de novembro. O segundo, com a participação do associado, ocorrerá no dia 12 de novembro, após o término da Série B.