O atacante Ferreira será submetido, na manhã desta quarta-feira (11), à cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal no lado direito. O procedimento será realizado com o doutor Marcus Reusch, na zona norte de Porto Alegre, na mesma clínica especializada em que o atleta realizou os exames que apontaram a existência do problema. Apesar disso, um profissional do Grêmio estará presente durante a operação.
— Nós conversamos com o Ferreira hoje (terça-feira) e ele iria falar com o doutor Márcio (Dornelles, do Grêmio) à tardinha. O doutor vai estar junto com ele no ato cirúrgico. Nós decidimos em grupo que um dos médicos do Grêmio vai estar junto com ele, acompanhando, como acompanhamos em diversos casos. O Grêmio optou por ter um tratamento clínico dentro do clube, específico para lesões, mas quando tem algo especial, sempre se faz consulta e exames externos. E o caso do Ferreira não é diferente — afirmou o diretor médico gremista Ciro Simoni em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite de terça (10).
Em nota divulgada pelo clube (ver abaixo), não é estimado um prazo para o retorno do camisa 10 aos gramados. Contudo, casos anteriores mostram que o jogador demora de 30 a 45 dias para ser reintegrado aos treinamentos.
— Ele vai ficar, no mínimo, duas semanas parado, sem fazer nenhum tipo de exercício e isso pode ajudar a diminuir a dor no adutor, que é o maior problema dele — avaliou Simoni.
Sem atuar desde a derrota para a Chapecoense, há quase um mês, Ferreira vem sofrendo uma série de problemas físicos desde o início do ano. No dia 13 de fevereiro, quando deixou o campo no empate em 1 a 1 com o Juventude, o clube informou que o atacante havia sofrido lesão de grau 1 no músculo adutor da coxa direita.
Seu retorno ocorreu em 23 de março, no Gre-Nal válido pelas semifinais do Gauchão. Porém, conforme apurou GZH, o estafe do atleta relatou ao departamento médico gremista que ele vinha sofrendo com dores na região inguinal. Ainda assim, exames realizados pelo clube não apontaram a presença da hérnia e, por isso, dias depois, ele seria titular diante do Ypiranga, na decisão do Estadual, e também nas duas primeiras rodadas da Série B, contra Ponte Preta e Chapecoense.
Ao manifestar novo desconforto, ficou de fora das rodadas seguintes para tratar as dores na região da perna. Também investiu no tratamento de células-tronco com um médico particular, técnica não adotada pelo clube e feita por conta própria pelo jogador. Além disso, Ferreira procurou um médico de fora do clube nos últimos dias e, em uma ultrassonografia, detectou-se que ele apresentava uma hérnia inguinal acima da perna direita.
Na tarde desta terça-feira, o Grêmio divulgou uma nota sobre a situação do atleta:
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, por meio de seu Departamento Médico, esclarece que não adota, em seu corpo técnico de trabalho e/ou atletas profissionais, terapias experimentais (PRP, células-tronco), em conformidade com resoluções do Conselho Federal de Medicina acerca de tal prática.
O clube orienta os seus profissionais neste sentido, porém respeita o direito individual de escolha dos pacientes, monitorando-os permanentemente.
Em relação ao atleta Ferreira, a evolução do quadro clínico nos últimos dias levou à realização de novos exames de imagem, que detectaram a presença de hérnia inguinal direita, com necessidade de correção cirúrgica.
O Grêmio comunica, ainda, a inexistência de tal situação em qualquer das avaliações por imagem anteriores e/ou procedimentos clínicos internos aos quais o atleta tenha submetido-se, com tratamento conservador.
As informações sobre prazo de recuperação e retorno às atividades serão comunicadas posteriormente.