Apesar da campanha decepcionante e o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Grêmio conseguiu oportunizar que jovens atletas vestissem a camisa da equipe principal em 2021. Alguns conseguiram ter um bom aproveitamento, como o volante Mateus Sarará, de 19 anos.
Há 10 anos do clube — ele chegou quando tinha nove —, Sarará teve a oportunidade de estrear diante do Flamengo, no Maracanã, pela Copa do Brasil, após chamar atenção do então técnico Luiz Felipe Scolari em uma partida pelos aspirantes. Com Vagner Mancini, porém, foi com quem Sarará atuou mais, inclusive participando de jogos importantes na temporada, como contra o Atlético-MG, Corinthians e Fluminense, em que colaborou com uma assistência para o gol de Diego Souza.
— Foi um ano muito marcante para mim, pelo motivo de realizar a estreia no profissional. Mas, infelizmente, veio o rebaixamento. E isso ficará mais marcado ainda. Individualmente, consegui aproveitar algumas oportunidades. Em 2022, vamos corrigir os erros para voltar à elite — disse Sarará, em entrevista ao Show dos Esportes desta quinta-feira (30).
Com contrato renovado até 2024 e multa rescisória estipulada em aproximadamente R$ 500 milhões, o jovem volante está valorizado na Arena. Contudo, para ter mais chances e conseguir se afirmar no time, terá de superar a concorrência de Thiago Santos e Lucas Silva, que terminaram o ano entre os titulares, do paraguaio Villasanti, e dos contemporâneos de categoria de base, Victor Bobsin e Fernando Henrique.
— Recebi mais oportunidades com o professor Mancini, então acredito que consegui deixar para ele uma boa impressão. Espero que isso me ajude para dar a sequência em 2022, mas concorrência muito forte. São jogadores de alto nível e super qualificados. O que eu preciso fazer é trabalhar e mostrar meu futebol para brigar por um espaço — destacou.
Na Série B, um campeonato que o Grêmio não disputa desde 2005, Sarará entende que pode se adaptar melhor até mesmo do que os atletas mais experientes. Por ser recém-promovido das categorias de base, ele entende que está mais acostumado a enfrentar gramados sem grande qualidade, como os do interior gaúcho.
— Eu venho da base e estou acostumado a jogar em campos ruins. Então não vou ter dificuldade. A Série B é totalmente diferente, principalmente por ter viagens muito longas. Mas não há outra coisa a fazer, temos de sair desse lugar ao final da temporada — comentou.