Estrangeiro, jovem, promissor e caro são características que criam expectativas em qualquer torcedor. Jaminton Campaz se enquadra em todas elas. Natural, portanto, que os gremistas tenham esperanças de que o colombiano proporcione grandes atuações. Ainda buscando afirmação, o jogador de 21 anos teve no 3 a 0 sobre o Bragantino sua melhor atuação com a camisa do Grêmio na opinião do técnico Vagner Mancini.
Posicionado no centro do campo para se aproximar de Diego Souza no ataque, Campaz teve liberdade para se movimentar em todos os setores ofensivos. No jogo disputado na Arena, ele caiu mais pelo lado esquerdo se associando à Ferreira. Os dois trocaram 24 passes entre eles, segundo dados do Footsats.
A tendência é de que essa função mais aguda será a que ele atuará quando Mancini o colocar em campo. Contratado para ser um meia, Campaz é visto pelo comandante tricolor como um jogador com características de outra posição em campo.
— Embora ele tenha um trato da bola que todo mundo enxerga ele como aquele meia-esquerda que não se vê mais no futebol, acho que ele é um segundo homem (de ataque). Trabalha em qualquer uma das quatro posições mais ofensivas, mas teria dificuldade como atacante de costas. Vejo ele atuando com segurança pelos lados — avaliou o treinador após a vitória de terça-feira (16).
Além da velocidade e da habilidade, o colombiano tem outra fundamento importante para os jogadores de frente. Sempre que pode, busca o arremate. Contra o Bragantino foram cinco tentativas, duas delas com a direção do gol.
Apesar da boa atuação diante dos paulistas e do crescimento em relação ao seu desempenho inicial no Grêmio, o colombiano ainda é um jogador em formação, como salienta Leonardo Oliveira, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de GZH:
— Campaz jogou por dentro, como segundo atacante. Mas com liberdade de movimentação. Por vezes, era visto na direita ou na esquerda, partindo para dentro. Esse passe livre para se movimentar ao ataque faz dele um elemento surpresa. Campaz vem buscar a bola e parte com ela para tramar com os companheiros. Como tem bom passe e facilidade para viradas de jogo, se potencializa. Agora, tem muito ainda a corrigir. Trata-se de um legítimo jogador colombiano ainda em formação, que intercala lances brilhantes com erros técnicos.
O camisa 7 tem sido utilizado com constância desde a chegada de Mancini, porém poucas vezes como titular. O treinador colocou Campaz em campo em sete dos oito jogos em que comandou o Grêmio. A ausência foi no 3 a 2 sobre o Juventude, na estreia do treinador.
Mas a partida contra o Bragantino foi só a segunda em que Mancini utilizou o colombiano desde o início, a outra foi na vitória sobre o Fluminense. Agora fica a expectativa para saber se ele realmente virou titular do Grêmio.
Números de Campaz contra o Bragantino
- Toques na bola: 61
- Finalizações: 5 (duas no gol)
- Passes: 23 (71,9% certos)
- Cruzamentos: 8 (todos errados)
- Lançamentos: 2 (ambos certos)
- Faltas sofridas: 2