O Grêmio acertou na terça-feira (17) a compra do meia-atacante colombiano Jaminton Campaz, do Tolima. A jovem promessa de 21 anos deve chegar a Porto Alegre após o clube ter se comprometido com investimento de US$ 4 milhões (cerca de R$ 21 milhões na cotação atual).
O valor supera os R$ 20 milhões pagos pelo equatoriano Miller Bolaños, até então a contratação mais cara do Tricolor. Em dólares, é verdade, Bolaños custou mais: US$ 5 milhões. Com a conversão da época, no entanto, o valor pago pelos gaúchos em reais foi menor do que o atual — considerando a inflação desde 2016, no entanto, o valor atualizado da negociação por Bolaños seria de R$ 34,7 milhões.
Das cinco negociações mais caras feitas pelo Grêmio em sua história, três são da gestão de Romildo Bolzan. E duas ocorreram neste mês, o que evidencia a tentativa da direção de tentar escapar da zona de rebaixamento a qualquer custo.
GZH relembra as contratações. Ao final da lista, há o ranking considerando a inflação. Confira.
1) Jaminton Campaz
Uma das maiores promessas do futebol colombiano, Campaz é o jogador mais valorizado do país. Foi revelado pelo Tolima, onde atuava desde os 11 anos de idade. Chega ao clube para dar mais dinamismo ao setor de meio-campo e ajudar a melhorar o aproveitamento do ataque gremista, um dos piores do Brasileirão. É o nome mais novo da lista, com apenas 21 anos. Valor: R$ 21 milhões
2. Miller Bolaños
Em busca de reforços para a Libertadores de 2016, o Grêmio foi ao Equador em busca de Miller Bolaños, destaque do Emelec. Ele já era monitorado pelo Tricolor desde 2015 e, antes de ser anunciado, chegou a abrir conversas com o León, do México. Depois, foi a vez do Changchun Yatai, da China, apresentar uma oferta. A situação fez com que o então diretor-executivo Rui Costa declarasse que o clube se retirava do negócio. No entanto, na madrugada de 7 de fevereiro daquele ano, a direção gaúcha oficializou a compra de 70% dos direitos do atleta. Valor: R$ 20 milhões
3. Mathias Villasanti
Apresentado oficialmente na última sexta-feira (13), o paraguaio Mathias Villsanti chegou para ser reposição à vende de Matheus Henrique ao Sassuolo, da Itália. Assim como Campaz, o volante é considerado com potencial de revenda, já que tem apenas 24 anos. Era capitão do Cerro Porteño e faz parte do elenco da seleção do Paraguai. Valor: R$ 18 milhões
4. Giuliano
Revelado pelo Paraná e com passagem de destaque pelo rival Inter, Giuliano estava no Dnipro, da Ucrânia, quando foi buscado pelo ex-presidente Fábio Koff e o diretor Rui Costa. Chegou a Porto Alegre e imediatamente assumiu lugar na equipe treinada por Felipão. Foi vendido para o futebol europeu dois mais mais tarde e teve seu retorno especulado recentemente, quando fechou com o Corinthians. É o único brasileiro da lista. Valor: R$ 15 milhões
5. Marcelo Moreno
Ao fim de uma temporada em que o Grêmio perdeu Borges e viu o centroavante ser artilheiro do Brasileirão pelo Santos, a diretoria movimentou-se para trazer o chamado "fazedor de gols". O nome encontrado foi o do boliviano Marcelo Moreno, revelado pelo Cruzeiro e que estava no Shakhtar Donestsk, da Ucrânia. A contratação chegou a envolver parte dos direitos econômicos de Douglas Costa, que à época defendia a equipe ucraniana. Valor: R$ 14,5 milhões
Valores corrigidos
Os números usados nesta matéria foram os dos valores pagos à época de cada negociação, sem considerar a inflação. Ou seja, em 2016, Miller Bolaños custou aos cofres gremistas R$ 20 milhões, enquanto agora Campaz custará R$ 21 milhões.
Com valores corrigidos, levando em conta a inflação, as negociações antigas aparecem com um custo maior. Miller Bolaños seguiria como o mais caro, e Marcelo Moreno subiria no ranking para o segundo lugar. Confira:
- Miller Bolaños (R$ 34,7 milhões)
- Marcelo Moreno (R$ 33,2 milhões)
- Giuliano (R$ 29,3 milhões)
Como apuramos esta matéria?
No topo da matéria, foram usados os números brutos das negociações para efeito de comparação histórica. No segundo trecho, os valores foram atualizados conforme a inflação. Os cálculos foram feitos usando a calculadora do Banco Central com base no índice IGP-M (FGV).