Luiz Felipe Scolari chegou a Porto Alegre sem seu tradicional escudeiro Flávio Murtosa, companheiro de inúmeros trabalhos de Felipão, como na conquista da Copa do Mundo de 2002. Desde 2018, quando o técnico campeão do mundo assumiu o Palmeiras, Murtosa já não faz mais parte da comissão técnica. À época, alegando problemas pessoais, ele optou por ficar de fora do projeto em São Paulo.
Atualmente e nos dois últimos clubes que Scolari esteve à frente, quem o acompanhou foi Paulo Turra e César Pracidelli. O primeiro, basicamente, passou o ocupar o espaço que era de Murtosa no dia a dia dos times comandados por Felipão.
Essa relação entre os dois começou antes mesmo da volta do atual técnico do Grêmio ir para a China. Turra e ele já se conheciam da época em que o treinador comandava a seleção de Portugal, onde o primeiro jogou entre 2001 e 2006 — por Boavista e Vitória de Guimarães. Felipão costumava o consultar para saber de alguns atletas.
Quando recebeu o convite para ir treinar o Guangzhou Evergrande, chamou Turra para ir junto com ele e Murtosa para a China. O auxiliar técnico, então, passou a ser o "treinador de campo" nas atividades. Ele é quem costuma dar os treinamentos no dia a dia dos clubes, com Felipão ficando responsável pelos trabalhos de bola parada.
A ideia, o esquema e o modelo de jogo são escolhidos por Felipão, mas quem monta os treinamentos, conforme o pedido do técnico, é Turra. Depois disso, Scolari analisa o que foi rascunhado e aprova ou não as atividades.
A carreira de Turra fora das quatro linhas teve passagens pelo futebol gaúcho. Ele começou treinando o Novo Hamburgo, passou pelo Esportivo e pelo Caxias, onde já havia sido campeão gaúcho como jogador.
Em Porto Alegre, além de Felipão, Turra e Pracidelli, a comissão técnica conta com o preparador físico Reverson Pimentel, o preparador de goleiros Mauri Lima e Thiago Gomes, que assumiu como auxiliar técnico permanente do Grêmio.