Apesar de ter trazido a vantagem de Quito, o Grêmio não soube segurá-la na Arena. Derrotado por 2 a 1 pela LDU na noite desta terça-feira (20), o Tricolor foi eliminado nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. GZH listou cinco motivos que ajudam a explicar esta queda em casa:
1) Falta de apetite ofensivo
Desde que chegou ao clube para sua quarta passagem, o técnico Felipão adotou o sistema de jogo reativo. Ou seja, baixa as suas linhas de marcação, abdica da posse da bola e explora os contra-ataques. Foi assim que, mesmo sem atuações convincentes, bateu a própria LDU no Equador, pelo duelo de ida.
Nem mesmo jogando em casa a estratégia mudou. Nos poucos momentos em que trocou passes, o Grêmio abriu o placar em bola alçada na cabeça de Diego Souza. No mais, deixou o adversário com a bola e fechou espaços durante boa parte do confronto. Tanto que, segundo o site de estatísticas SofaScore, a equipe gaúcha terminou o primeiro tempo com apenas 33% de posse de bola. Esta postura só seria modificada a partir da virada no placar e, ainda assim, de forma pouco organizada.
2) Passividade na marcação
Para que a estratégia reativa seja bem sucedida, é preciso que todos se doem ao máximo para combater os avanços do rival. Não foi o que se viu do meio para a frente. De forma passiva, Jean Pyerre e Diego Souza vigiaram a saída de bola da LDU, deixando com que os volantes transitassem livremente pelo meio-campo.
O símbolo disso é o gol de empate, antes mesmo do intervalo, quando o jovem Jordy Alcivar infiltrou na área de maneira solitária e, com 1,68cm, cabeceou dentro da pequena área, sem chances para Gabriel Chapecó.
3) Gol perdido por Léo Pereira
Como o empate ainda servia ao Grêmio, Felipão manteve seus jogadores na defensiva na volta para a segunda etapa. E assim, logo aos três minutos, teve a chance de matar o jogo em bola enfiada por Alisson, que deixou Léo Pereira cara a cara com o goleiro. O jovem atacante gremista se atrapalhou e não conseguiu desviar de Gabbarini. A chance desperdiçada custou muito caro.
4) Erro de arbitragem
Os erros do Grêmio não apagam a noite desastrosa do árbitro venezuelano José Argote. E vice-versa. Aos 10 minutos, Alcivar cobrou pênalti, assinalado com a ajuda do VAR, e decretou a virada dos equatorianos.
Em sua coluna em GZH, o comentarista de arbitragem Diori Vasconcelos avaliou o lance da seguinte forma: "A imagem da transmissão mostra que Jhojan Julio forçou a barra. Há uma distância enorme entre o contato mínimo da perna de Fernando Henrique e a queda do jogador da LDU. O toque não tem qualquer relação com a forma como ele cai no gramado".
5) Ausência de Douglas Costa
É impossível saber se, com Douglas Costa em campo, o destino teria sido diferente. Porém, um fato é inegável: pegou muito mal o Grêmio liberar a principal contratação da temporada, um jogador de nível europeu, para casar em uma praia do Caribe enquanto o time decidia sua vida no torneio e ainda luta para deixar o Z-4 do Brasileirão. A diretoria foi, no mínimo, imprudente em abrir mão de uma peça tão importante.