Uma interferência equivocada do VAR gerou um erro escandaloso da arbitragem na eliminação do Grêmio da Copa Sul-Americana. O venezuelano José Argote havia tomado uma decisão correta após a interpretação do campo, mas foi chamado para revisar o lance no monitor à beira do gramado e acabou marcando um pênalti que não aconteceu.
O que mais chama atenção é que não estamos falando de um lance que o árbitro não viu. Não é uma jogada fora da disputa de bola ou algo que passou despercebido.
O juiz principal estava perto, de frente e com o campo de visão aberto para observar tudo o que aconteceu. E observou. Argote foi enfático no gestual, convicto na tomada de decisão e mandou o jogo seguir.
A imagem da transmissão mostra que Jhojan Julio forçou a barra. Há uma distância enorme entre o contato mínimo da perna de Fernando Henrique e a queda do jogador da LDU. O toque não tem qualquer relação com a forma como ele cai no gramado.
Não se pode chamar o que ocorreu de um contato faltoso. Não estamos falando de uma pancada que impede o adversário de jogar ou que representa uma consequência clara. Pelo contrário, o volante do Grêmio chega a recolher a perna para evitar o impacto maior. Ao perceber que perdeu o controle da bola, Jhojan Julio se atira no gramado com delay. A ordem das coisas é exatamente essa.
A noite da terça-feira (20) na Arena do Grêmio acabou sendo mais um exemplo que prova o quanto o VAR da Conmebol tem feito um trabalho muito inferior ao que estamos acompanhando no Brasileirão.