
Nesta quarta-feira (7), quando o Grêmio tentará a sua primeira vitória pelo Brasileirão, diante do Palmeiras, em São Paulo, Marcelo Oliveira completará exatamente nove meses como ex-jogador. Desde o momento que pendurou as chuteiras, passou a ter papel fundamental nos bastidores do Grêmio como coordenador técnico. Ele atua como elo entre o elenco e a direção, mas também auxilia em decisões técnicas e pontuais quando necessário.
Casualmente, o ex-lateral, que terminou a carreira como zagueiro, não costuma aparecer. Ele prefere deixar o protagonismo aos antigos companheiros, treinadores e dirigentes. A única entrevista até o momento na função foi concedida em fevereiro ao jornalista Eduardo Gabardo.
Segundo Marcelo Oliveira o seu dia a dia se resume a intermediar o contato entre o grupo de jogadores e dirigentes ou treinador:
— Diariamente cuido da relação dos atletas com a comissão técnica e diretoria. Logo que assumi, os jogadores já vieram falar comigo sobre assuntos que gostariam que eu levasse para o Renato (técnico na oportunidade) — resumiu.
Outra missão é seguir analisando com a experiência de ex-jogador na formação de novos talentos. Por isso, é constante sua presença na estrutura de Eldorado do Sul:
— Também converso bastante com os dirigentes, que fazem um ótimo trabalho. Fico em contato com o pessoal do estafe, preparação física e fisiologia. Também tem a base. Claro que não estou diariamente lá nos treinos dos garotos, mas o contato é próximo. Levo as informações da base, da transição para o profissional e para a direção. Esta ponte da transição para o profissional é importante. Revelar cada vez mais jogadores é o nosso objetivo — reafirmou.
Apesar do momento negativo, o departamento de futebol aposta na vivência de Marcelo para auxiliar o Grêmio a deixar a posição incomoda na tabela de classificação. O prestígio da primeira contratação da gestão Bolzan em 2015 segue inalterado. Ele poderá auxiliar o interino Thiago Gomes com mais frequência ou até mesmo a chegada de um novo profissional para o cargo de treinador.

Em paralelo com o trabalho desempenhado no CT, o coordenador técnico busca conhecimento. Ele entende que não é apenas o conhecimento dos gramados que colaborará na função:
— Agora estou do outro lado, estou buscando o conhecimento. Estou muito feliz. Desde que assumi, a chave virou rápido na minha cabeça. E dos jogadores também. É importante pelo tempo que tenho de clube e o respeito que as pessoas têm por mim. Eu sempre deixei claro que queria esta função para agregar e não para ocupar espaço. Acho que estou ajudando bastante. Estou dando o meu melhor como coordenador técnico — ressaltou.
Desde a sua efetivação no cargo, o ex-líder do elenco já teve como superiores imediatos no futebol: Paulo Luz e Marcos Herrmann como vices de futebol e Diego Cerri e Carlos Amodeo, interinamente, como executivos. Os relatos deles são elogios ao coordenador técnico gremista. A relação com os dois ex-técnicos Renato Portaluppi e Tiago Nunes também foi excelente também. Por isso, a aposta é de que o funcionário ajudará a espantar o momento ruim de dentro de campo.