O 2020 da pandemia foi também o de maior investimento e avanço do Grêmio Futebol 7 rumo à profissionalização. O time contratou o rei do futsal, Falcão, e o ex-camisa 10 campeão da Copa do Brasil na Arena, Douglas. Além dos reforços, o empreendimento independente conseguiu se organizar para pagar salários que fazem alguns jogadores conseguirem viver do esporte.
A conquista contrasta com as dificuldades que a modalidade enfrenta por não ter condições de manter as disputas quando as restrições das autoridades fecham as quadras esportivas no Estado. A final da Liga América, a Libertadores da mobilidade, entre Grêmio e Sidekicks, do México, foi adiada para o dia 15 de maio.
— É o jogo mais esperado do semestre. Sabemos que é a cereja do bolo da competição que mais almejamos — destaca Guinho, capitão do time: — Decidir uma competição tão importante, ao lado de craques como Douglas e Falcão, será algo totalmente diferente. Isso deixa a expectativa maior ainda.
A equipe se preparou para o momento. O contrato de Falcão, inclusive, tinha como foco a competição continental. Será a primeira vez que ele e Douglas atuarão juntos. O jogo está marcado para o complexo esportivo Rodrigo Mendes, zona norte de Porto Alegre.
Os adversários mexicanos estão a altura do Tricolor, que ganhou a classificatória disputada entre times brasileiros e chilenos empilhando goleadas. O Sidekicks é o primeiro campeão da competição e conquistou o Mundial da modalidade em 2018.
— Analisamos a final da federação deles. Têm jogadores da seleção mexicana no elenco, são atletas de extrema qualidade, e é um time que joga há bastante tempo junto. Sabemos das qualidades deles, mas também temos as nossas. Será uma grande decisão — projeta o capitão.
Marcos Daniel Torres Santos, o Guinho, 38 anos está no time desde a criação da equipe, em 2020. Atua como fixo e é um dos que se dedicam exclusivamente ao esporte. Durante os piores momentos da pandemia, joga contra o tempo e a ansiedade pela volta da disputa dentro das quadras.
— Não estamos acostumados a esperar tanto tempo para jogar, como está acontecendo agora. É difícil lidar com essa ansiedade, pois estamos preparados para competir — admite, ressaltando a intensa rotina de treinos.