Pênalti e arbitragem vêm sendo questões recorrentes no noticiário do Grêmio. Isto porque, somente nestes dois meses de 2021, o time já foi advertido com cinco penalidades no Brasileirão. Mesmo número de infrações do ano passado. As 10 penalidades cometidas até aqui neste Campeonato Brasileiro trazem um aspecto relevante em comum. Do número total de pênaltis assinalados contra o Grêmio, 60% foram marcados e revisados pelo VAR em virtude do toque de mão na bola.
Na última quarta-feira (3), na Arena, as duas infrações assinaladas a favor do Santos foram em virtude de toque na bola dentro da grande área, cometidas por Matheus Henrique e Luiz Fernando, já nos acréscimos. Decretando o placar de 3 a 3. Em entrevista coletiva, o técnico Renato Portaluppi amenizou tom contra a arbitragem, mas questionou sobre as interpretações em relação à regra, relembrado o lance diante do Athletico-PR pela Copa do Brasil em 2019:
— Sempre falo que tem que ir no VAR. Mas não podem ser regras diferentes. Contra o Grêmio, sempre olham o VAR. Coloquei para ele que, no primeiro pênalti, o Matheusinho sofreu a falta e estava colado no adversário. No outro, a bola bateu no braço, sem dúvidas nenhuma, mas o Luiz Fernando estava colado no adversário. Na semifinal da Copa do Brasil (em 2019), o Geromel cabeceou e a bola bateu no braço do jogador do Athletico-PR, mas disseram que não foi pênalti porque estava muito próximo da bola. Então, cada jogo tem uma regra? — contestou.
O enfrentamento contra a equipe comandada pelo técnico Cuca, contudo, já teve este mesmo roteiro no duelo do primeiro turno. Na Vila Belmiro, os donos da casa venceram com dois gols marcados de pênalti, por Marinho. O primeiro deles foi assinalado por mão de Paulo Miranda. O segundo, depois no contato de David Braz em Martinho. Diego Souza foi quem marcou o único gol do Grêmio naquela partida.
O empate contra o Curitiba também foi marcado por pênaltis. Paulo Miranda abriu o placar, mas o goleiro Wilson converteu a penalidade máxima causada por Darlan, que derrubou Rafinha dentro da área. Jean Pyerre ainda desperdiçou a chance da virada.
O primeiro Gre-Nal deste ano também foi marcado por polêmicas. E as penalidades novamente entraram para a estatística. Jean Pyerre deixou o Grêmio na frente, Abel Hernández igualou o marcador, mas nos acréscimos: pênalti. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou a penalidade após cabeçada de Edenilson e mão de Kannemann. Mesmo com muita reclamação, o gol convertido pelo próprio volante do Inter, que encerrou a invencibilidade de 11 clássicos.
No primeiro turno, ainda em 2020, situação parecida. O pênalti a favor dos Colorados foi marcado pelo toque de Bruno Cortez com o braço na bola. Thiago Galhardo converteu e deixou tudo igual. Pepê foi quem marcou para o Grêmio.
Da sequência de pênaltis cometidos por infração de mão na bola, está o primeiro sofrido pelo Grêmio nesta edição do Brasileiro. Pela quarta rodada, jogando no Maracanã, o Tricolor até saiu na frente contra o Flamengo, mas Gabigol decretou o empate após converter a cobrança. A penalidade foi marcada com auxílio do VAR após o toque de Kannemann na grande área.
Fechando a relação de pênaltis assinados contra o Grêmio, dois foram cometidos por jogadores que não fazem parte da linha de defesa. Na derrota de 2 a 1 para o Sport, Jean Pyerre derrubou Leandro Barcia na grande área. Mesma infração cometida por Thaciano em Guilherme Arana, na partida diante do Atlético-MG, empatada em 1 a 1. As infrações cometidas vão ao encontro a outra marca que o Tricolor tenta superar. Desde 2007 que os arqueiros do clube não conseguem defender uma cobrança no tempo normal.
Os pênaltis cometidos pelo Grêmio no Brasileirão:
- Flamengo 1 x 1 Grêmio
- Sport 2 x 1 Grêmio
- Grêmio 1 x Inter
- Santos 2 x 1 Grêmio (dois pênaltis)
- Grêmio 1 x 1 Atlético-MG
- Inter 2 x 1 Grêmio
- Coritiba 1 x 1 Grêmio
- Grêmio 3 x 3 Santos (dois pênaltis)