Depois de reclamar duramente da arbitragem nas duas últimas partidas do Grêmio pelo Brasileirão, o técnico Renato Portaluppi adotou um tom mais comedido após o empate por 3 a 3 com o Santos, nesta quarta-feira (3).
Mesmo que tenha ingressado no gramado da Arena para cobrar o árbitro Wilton Pereira Sampaio logo após o encerramento da partida, o treinador só comentou a marcação de dois pênaltis contra o Tricolor quando foi questionado sobre isso durante a entrevista coletiva.
— Não quero falar de arbitragem. Não gosto. Sempre falo que tem que ir no VAR e hoje (quarta-feira) ele (árbitro) foi. Mas não podem ser regras diferentes. Contra o Grêmio, sempre olham o VAR. Coloquei para ele que, no primeiro pênalti, o Matheusinho sofreu a falta e estava colado no adversário. No outro, a bola bateu no braço, sem dúvidas nenhuma, mas o Luiz Fernando estava colado no adversário — contestou ele, ao relembrar lance diante do Athletico-PR pela Copa do Brasil em 2029:
— Na semifinal da Copa do Brasil (em 2019), o Geromel cabeceou e a bola bateu no braço do jogador do Athletico-PR, mas disseram que não foi pênalti porque estava muito próximo da bola. Então, cada jogo tem uma regra? Eu tenho de continuar treinando meu time. Se for pênalti na na minha área, tem que dar. Mas, na área do adversário, também — concluiu.
Ainda assim, Renato não escondeu alguns descontentamentos com a sua equipe. De acordo com o treinador, o erro do Grêmio foi não segurar a bola no campo de ataque, para fazer o tempo passar e assegurar a vitória que parecia encaminhada.
— A coisa que eu mais cobro deles é foco e concentração durante os 90 minutos. Hoje (quarta-feira), a gente fez a coisa mais difícil. Viramos um jogo difícil, contra uma grande equipe, que tem um grande treinador, fizemos 3 a 1 e levamos o empate. Nem vou entrar no mérito dos pênaltis, se foi ou não foi, mas faltou malandragem. Com a vantagem, a bola não pode nem chegar perto da nossa área em 11 contra 11. Imagina com um jogador a mais — declarou.