O Grêmio venceu o Guaraní-PAR por 2 a 0 na quinta-feira (3), na Arena, com gols de Ferreira e Rodrigues, e garantiu a classificação às quartas de final da Libertadores para enfrentar o Santos. Mas os torcedores ficaram preocupados quando o meia Jean Pyerre, ainda no primeiro tempo, sentiu dores e deixou o campo antes do intervalo. O clube não chegou a informar oficialmente a situação do jogador, mas o atleta foi às redes sociais e tranquilizou a todos.
"Apenas passando para avisar que está tudo bem. Tudo certo. Quem há de se preocupar, não se preocupe. Classificados e segue o baile que domingo tem mais. É os guri", escreveu no Twitter.
Porém, o técnico Renato Portaluppi afirmou na entrevista pós-jogo que o jogador passará por um exame de imagem nesta sexta para avaliar a gravidade da contusão.
— A gente precisa sempre das 24 horas. Conversei com ele na saída de campo e ele falou que estava com um desconforto na perna e pediu para sair. Esperamos que não seja nada grave. Amanhã (sexta) ele vai fazer o exame e vamos conversar com o departamento médico para saber se teve alguma lesão — disse o treinador.
Renato comentou, ainda, sobre o confronto com o Santos na próxima fase da Libertadores. Para o técnico tricolor, não há favorito no duelo de brasileiros.
— Jogo de Libertadores não tem favorito, seja ele um adversário estrangeiro ou brasileiro. Lógico que conhecemos bem a equipe do Santos. São duas equipes grandes do futebol brasileiro, tanto é que estão bem no Brasileirão. Será um grande confronto. O nosso país está mais uma vez muito bem representado — salientou.
No duelo com o Guaraní, um dos destaques foi o atacante Ferreira, que entrou no jogo porque Luiz Fernando, que estava inicialmente escalado, sentiu no aquecimento e foi preservado. Ele marcou o primeiro gol, logo aos dois minutos, e ressaltou a boa sequência gremista, que chegou ao seu 15º jogo seguido sem perder (12 vitórias e três empates).
— A gente vem em uma sequência boa de vitórias, estamos com o moral lá em cima, mas não podemos deixar isso atrapalhar. Temos de pensar jogo a jogo — destacou Ferreira na saída do gramado.
Quem também chamou atenção foi o centroavante Diego Churín, capitão do Grêmio na quinta-feira, especialmente pela homenagem que fez a Maradona. Em sua camisa, o jogador colocou o nome "El Diegote", como era chamado o ídolo argentino. O singelo tributo repercutiu entre os hermanos, que enalteceram o clube, já que Renato também havia homenageado Maradona no confronto com o Guaraní na semana passada.
— Maradona me fez ter muito amor por este esporte. É um baluarte do esporte em geral, para os argentinos. Sua partida foi sentida como a de um amigo. Diegote é uma maneira de mencioná-lo unicamente. Existem vários Diegos, mas ele é o único e o verdadeiro — explicou Churín.
A classificação rendeu ao Grêmio a premiação de 1,5 milhão de dólares (quase R$ 8 milhões). Mais do que isso, porém, a vitória com dois gols de jogadores considerados reservas e revelados nas categorias de base do clube mostraram a força do elenco gremista.
— O Grêmio está invicto há 15 jogos por causa do grupo. Todos os jogadores têm importância. Um, dois ou três não jogam sozinho. A cada jogo é uma equipe diferente e todo mundo se entregando, buscando a parte técnica, física e tática. A partir daí a qualidade dos jogadores aparecem naturalmente. Cada um tem a sua responsabilidade. Temos um grupo muito bom. Temos muitos garotos e também os mais experientes. Eu gosto de trabalhar assim — frisou Renato.
Agora, o Tricolor volta a campo domingo, às 16h, novamente na Arena, para enfrentar o Vasco pela 24ª rodada do Brasileirão. Na Libertadores, o jogo contra o Santos será na semana que vem, mas ainda não tem data e horário definidos pela Conmebol.