Nos últimos anos, sob indicação de Renato Portaluppi, o Grêmio evitou contratar estrangeiros pela dificuldade de adaptação e entendimento do sistema de jogo da equipe. Porém, a preferência foi revista e reforços de fora do país foram tentados, como Cavani, João Mário e Cervi. Outros nomes ainda podem pintar no radar do time gaúcho, que ainda monitora o mercado à procura de um volante, um meia e um centroavante.
A mudança na filosofia se deve à aceitação de Renato. O treinador, que dava preferência a brasileiros, entendeu que estrangeiros qualificados e em boas condições físicas podem dar a qualidade tão esperada ao time. Exemplos de argentinos que não tiveram sucesso em Porto Alegre, como Montoya e Gastón Fernández, foram deixados de lado com os sucessos de Kannemann e Orejuela.
Nos debates internos, a conclusão entre dirigentes e comissão técnica é de que quando for buscado algum reforço do Exterior para o plantel deve ser para brigar pela titularidade. O elenco já comporta opções com jovens para dar quantidade, logo, a intenção é investir mais para solucionar os problemas e reconduzir o Tricolor ao nível de temporadas anteriores.
No âmbito de investimento também há um ponto considerado: o salarial. O padrão pago a um brasileiro e sul-americano que está no mercado europeu ou asiático é praticamente o mesmo. Na nova investida por reforços é feita a análise de atletas europeus, como o meia João Mário, que retornou ao Sporting-POR, recusando a investida gremista.
Cavani era apontado como o grande sonho da gestão, mas ficou adiado pelo acerto com o Manchester United-ING. Já a busca por Cervi era vista como uma oportunidade de dar sequência ao argentino, mas não foi concretizado pela preferência do Benfica-POR lucrar com eventual transferência em definitivo, fato que afastou o Grêmio no momento. Há, ainda, a tentativa por Stuani, que tem pedida salarial elevada e não deve voltar para a América do Sul no padrão atual.
Por norma da CBF, os clubes podem relacionar cinco atletas estrangeiros para aos jogos válidos pelas competições organizadas pela entidade. Mas, na Libertadores, por exemplo, não há cota para jogadores que não possuam a mesma nacionalidade de suas equipes. Logo, o Tricolor tem vagas sobrando para novos jogadores de outras nacionalidades.
A janela de transferência do Exterior para o Brasil será reaberta nesta terça-feira (13). Segundo o vice de futebol, Paulo Luz, não há novidades engatilhadas para os primeiros dias da liberação de inscrição de atletas oriundos de outros mercados, mas o trabalho do departamento de futebol segue intenso na busca por mais alternativas para a comissão técnica.