O objetivo do Grêmio era vencer o Fortaleza, domingo (13), para melhorar sua condição na tabela do Brasileirão e, ao mesmo tempo, viajar mais tranquilo para o Chile. É lá que, na próxima quarta-feira, o Tricolor terá a Universidad Católica pela frente, pela retomada da Libertadores. Mas não foi isso o que se viu. Mesmo jogando em casa e com força máxima dentro de campo, o time não passou do empate por 1 a 1.
— Não existe jogo fácil. Antes da partida, falei para os jogadores que o Fortaleza seria uma carne de pescoço. E, apesar da minha equipe ter sido bem melhor, não saímos com a vitória. Nem por isso vou deixar de dar parabéns ao meu grupo, pela luta e vontade. Infelizmente, tomamos um gol de bobeira no início do jogo, e é difícil correr atrás do adversário — avaliou o técnico Renato Portaluppi.
O problema é que, além do saldo negativo no placar, o jogo deste fim de semana trouxe também uma nova preocupação ao treinador. Sem atuar desde a final do Gauchão, no final de agosto, o volante Maicon voltou a ser escalado, mas pediu para ser substituído antes mesmo do intervalo.
— O Maicon é um jogador importante no nosso esquema de jogo, faz a equipe jogar. Na sexta, treinou e se sentiu bem. Infelizmente, voltou a sentir a lesão. Faz parte. O campeonato é longo, tem desgaste. Por isso, falo que temos que poupar jogadores. Mas vamos esperar 24 horas e pedir para ele fazer um exame para saber se tem lesão — descreveu Renato.
Com isso, o camisa 8 se soma ao zagueiro Walter Kannemann, que ficou de fora das últimas duas partidas por conta de uma contratura muscular na coxa esquerda. Ambos serão reavaliados pelo departamento médico para saber se poderão compor a delegação que embarca para Santiago na terça.
Todas estas incógnitas aumentam a pressão para o duelo da próxima quarta, contra um adversário que vive situação completamente oposta. Para se ter uma ideia, enquanto o Tricolor suava para empatar em Porto Alegre, os chilenos construíam uma vitória fácil de 3 a 0 sobre o Audax Italiano, que os deixou na liderança isolada do campeonato nacional (sete pontos à frente do vice-líder).
— O jogo será difícil como todos os outros. Mas o Grêmio está preparado, sabe jogar este tipo de jogo. Dificuldade, a gente encontra em qualquer competição, principalmente se tratando de Libertadores e jogando no Chile. Mas, a partir de agora, vamos desligar do Campeonato Brasileiro e pensar na Libertadores — projetou o comandante tricolor.
Presente de aniversário?
Apesar das dificuldades encontradas em campo, e até mesmo por elas, o sonho de contar com Edinson Cavani continuou a ser alimentado pela torcida gremista. Ainda mais depois que o uruguaio publicou nas suas redes sociais uma mensagem de despedida da torcida do PSG, com a seguinte frase: "Eu na vossa história e vocês na minha".
A postagem mobilizou os gremistas nas redes sociais, que passaram a especular um possível anúncio nesta semana, em que o clube gaúcho completa 117 anos de história.
— É o sonho de qualquer treinador poder contar com ele. Jogador de Copa do Mundo, que faz muito gols. Cairia como uma luva para qualquer clube. Tivemos uma conversa, mas os números são muito altos. É difícil que ele se encaixe na realidade financeira do futebol brasileiro. Talvez no Flamengo. Se eu pudesse pedir um presente de aniversário, logicamente eu pediria um jogador deste nível. Mas, infelizmente, ele é muito caro para o Grêmio — despistou Renato.
Pelo visto, a realidade tricolor é mais dura mesmo. E quem fez questão de deixar isso muito claro foi o vice-presidente de futebol, Paulo Luz. Questionado sobre a possibilidade de anunciar uma novidade nesta terça-feira, dia do aniversário do Grêmio, o dirigente foi direto:
— Não teremos novidade. A novidade da terça é que estaremos viajando para o Chile com o propósito de reiniciar a Libertadores com o pé direito, fazendo uma grande jornada e, se possível, com uma grande vitória. Este sim será um grande presente para a grande nação tricolor — declarou.