Em litígio judicial com o Grêmio, o atacante Ferreira, 22 anos, não entra em campo desde fevereiro, quando atuou 13 minutos contra o Aimoré, pelo Gauchão. O jogador e seu empresário, Pablo Bueno, foram à justiça para terminar o contrato com o Tricolor, por desacordo na negociação salarial, em 6 de março. O presidente Romildo Bolzan, no entanto, acredita que um acerto possa acontecer entre as duas partes.
— Estou torcendo para que a razoabilidade, a situação de entendimento, aconteça. Acho que vai acontecer — comentou Romildo, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite dessa quinta-feira (20).
O representante de Ferreira, Pablo Bueno, é conhecido da direção gremista por também trabalhar com Tetê, outra promessa da base, que deixou Porto Alegre sem nenhuma partida com o grupo principal do clube. O jogador argumenta que aceitou a proposta do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, após ter pedido para treinar com o elenco profissional negado.
No caso de Ferreira, a equipe do atleta e os dirigentes do Tricolor não encontraram denominador comum na renovação do contrato. Ferreira chegou a ser sondado por outros clubes mas não teve a chance de ser transferido. A direção gremista parece não querer que o jogador repita a trajetória de Tetê.
— O Grêmio tem uma cultura de formação, às vezes não é como o jogador imagina que vá ser, que possa lhe convir, mas o Grêmio tem um respeito por essa cultura — explica o presidente Romildo, colocando-se à disposição para dialogar:
— Podemos sentar e conversar. Deixo essa porta aberta de forma muito sincera, e acho que podemos resolver isso.