Nas últimas semanas, o Grêmio ganhou um reforço adicional: Marcelo Oliveira. O atleta de 33 anos está recuperado da cirurgia de reconstrução dos ligamentos do joelho direito e está à disposição da comissão técnica para quando a temporada for reiniciada. Com contrato até o final de 2020, o jogador ainda não foi procurado para renovar, mas pretende seguir no Tricolor pela ligação afetiva criada nos últimos cincos anos que esteve na Arena.
Casualmente, Marcelo foi o primeiro reforço do mandato de Romildo Bolzan, anunciado em dezembro de 2014. Já foi utilizado como volante, lateral-esquerdo e, desde 2019, como zagueiro. A mudança foi planejada por Renato Portaluppi para melhorar o rendimento e a vida útil do atleta nos gramados. Porém, a lesão em março atrapalhou os planos das partes e já se passaram 15 meses visando o retorno aos gramados.
Com contrato curto, há consenso entre as partes de que o foco deve ser na plena recuperação e atuar em alto nível mais uma vez. O agente de Marcelo, Nick Arcuri, relata que só pretende passar por Porto Alegre entre setembro e outubro para conversar com a direção gremista sobre uma ampliação do vínculo. Mesmo com a idade avançada e histórico de lesões, o entendimento é que a carreira seguirá por mais algum tempo:
— Ele tem um sonho de finalizar a carreira dele no clube pela relação com o Grêmio: torcida, títulos, companheiros e funcionários — disse Nick Arcuri.
Pela boa relação entre todos os envolvidos, há confiança de que é possível estender a permanência do jogador no Tricolor. Titular na campanha da conquista da Copa do Brasil em 2016, opção no banco de reservas na Libertadores de 2017, o atleta acumula 170 aparições pelo clube.
Nos bastidores, mesmo não estando em campo, é apontado como um dos líderes do elenco e participativo nas tratativas com a direção e demais companheiros. Logo, a decisão pela renovação ficará para mais adiante pela pandemia, mas o Grêmio não descarta justamente pela confiança mútua e acreditar no potencial num dos pilares dos títulos dos últimos anos.