A venda do volante Diego Rosa ao Manchester City não renderá dinheiro somente aos cofres do Grêmio, que detém 70% dos direitos econômicos do jogador. Responsável por sua formação, o Vitória receberá 30% da quantia ofertada pelos ingleses. Porém, a negociação parece não ter agradado ao presidente do clube baiano, Paulo Carneiro, que previa um ganho ainda maior.
— O Vitória perdeu R$ 100 milhões. É só fazer a conta de quanto esse jogador está sendo vendido. O Vitória tinha 100% desse jogador. Vão dizer que é o Grêmio e que o Vitória tem complexo de time pequeno. No meu tempo, isso não acontecia. O valor do jogador no Vitória e no Grêmio é o mesmo. A vitrine foi o campeonato mundial (sub-17), que o Vitória sempre deu jogadores às categorias de base da seleção brasileira — desabafou o dirigente em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador — Já imaginou se a gente tivesse os R$ 100 milhões de Diego Rosa? Prejuízo histórico — concluiu ele.
A reclamação diz respeito à vinda do jovem para Porto Alegre ainda em 2017. Na época, o clube era gerido por Agenor Gordilho, que cedeu 50% do passe do jovem atleta em troca do empréstimo, com pagamento de salários, do zagueiro Wallace Reis. Posteriormente, a direção gremista ainda comprou mais 20% dos direitos econômicos do volante.
— Ele poderia ser vendido jogando pelo Vitória com seus 100% dos seus direitos econômicos. O Vitória só tem 30% e foi dado de presente ao Grêmio 70% para trazer um jogador emprestado. Quando não tem política de base, é isso que acontece. Quando você quer montar um time principal, você faz qualquer sacrifício para montar o time principal, inclusive destruir a base — esbravejou Carneiro.
Inicialmente, o Manchester City pagará 10 milhões de euros por Diego Rosa. Porém, o Grêmio estipulou cláusulas no contrato que prevê premiações que podem fazer o negócio alcançar 24 milhões de euros.