Esperança de gols do Grêmio em 2009, contratado após passar pelo Barcelona e amigo de D’Alessandro desde as categorias de base do River Plate-ARG. Maxi López chegou com cartaz para vestir a camisa gremista na Libertadores daquele ano. Foi uma temporada positiva, apesar de nenhum título conquistado: 17 gols em 41 confrontos. O principal marco do centroavante foi ter marcado o gol que sacramentou a vitória no Gre-Nal Centenário em julho daquele ano:
— Era o Gre-Nal dos 100 anos, uma partida que está na história para o torcedor. Fiquei superfeliz pelo torcedor do Grêmio e pude coroar o ano positivo que tive em Porto Alegre — disse Maxi ao GaúchaZH, sobre o clássico que será recontado nesta quarta-feira (8) no projeto Saudade do Esporte.
O atacante garante que a equipe era fortíssima na época, com Victor, chamado por ele de "goleiraço", Réver, Tcheco, Souza, Jonas, Fábio Rochemback. A qualidade do elenco foi determinante para ter obtido a virada sobre o maior rival na visão do atleta, que vestiu a camisa 16 do Tricolor, há mais de uma década:
— Todos com um certo nível. Com personalidade, obtivemos o resultado. Ganhamos uma partida superimportante — relembra.
Há uma lamentação por parte do argentino: não ter seguido no Grêmio. Com os direitos fixados no empréstimo junto ao FC Moscou-RUS, a direção gremista tentou bancar a contratação, mas não teve êxito. O caso parou nos tribunais, com o clube alegando que o centroavante não cumpriu o acordo. Maxi deu a sua versão:
— Poderia ter ficado no Grêmio. A verdade era que tinha tudo para ficar, um ano positivo com vários gols, mas naquele momento a minha ideia era ficar no clube. Lembro que naquele momento dei tempo para a diretoria fazer a operação, eu pertencia a uma equipe da Rússia, mas no final não pude concretizar e tive que seguir a minha carreira na Europa — contou.
A retomada mencionada pelo estrangeiro foi no futebol italiano. De 2010 pra cá, Catania, Milan, Sampdoria, Torino, Udinese e, atualmente, Crotone. Nas temporadas de 2018 e 2019, o atleta vestiu a camisa do Vasco e pôde reencontrar o Grêmio como adversário.
— Tenho lindas recordações (de Porto Alegre), quando voltei com o Vasco da Gama, na Arena, tive lindas recordações das pessoas e da grande instituição que é o Grêmio — contou.
Na segunda divisão italiana, aos 36 anos, Maxi tem 11 partidas e apenas um gol assinalado — ele tem sido opção no banco de reservas e entrado no decorrer dos jogos. O contrato foi estendido até o final do calendário de disputas. O seu futuro ainda é incerto, mas, segundo jornalistas argentinos, ele ainda não pretende se aposentar.