
Desde o início do ano, o Grêmio já deixou de transferir R$ 10 milhões para a Arena Porto-Alegrense. Os valores são correspondentes ao ingresso de sócios no estádio. Por mês, o clube gaúcho é obrigado a pagar R$ 2 milhões.
O Tricolor decidiu não mais fazer a transferência porque comprou parte da dívida pela construção da Arena. Em outubro de 2024, o clube pagou R$ 20 milhões para o Banrisul e assumiu um crédito de R$ 75,46 milhões que precisa ser pago pela administradora do estádio.
Segundo a coluna apurou, os R$ 10 milhões não foram destinados para uma conta jurídica. O Grêmio garante que a decisão é protegida pelo Código Civil.
Consequências
Com R$ 2 milhões a menos em caixa por mês, a Arena está deixando de pagar alguns compromissos com empresas terceirizadas. Além disso, a gestora do estádio resolveu retirar em torno de 50 cadeiras Gold e seis camarotes que oferecia como cortesia ao Tricolor.
A oferta era um bônus que a Arena concedia ao Grêmio. Segundo o clube gaúcho, as cadeiras e camarotes eram usados por familiares de jogadores, analistas de desempenho do clube e parceiros de negócio.
Em São Paulo
A dívida vem sendo discutida na Justiça de São Paulo, no processo de penhora da Arena. Em primeira instância, a juíza Adriana Cardoso do Reis determinou que o Grêmio deixasse de pagar R$ 150 mil por mês. Em abril, porém, a 24ª Câmara de Direito Privado suspendeu o despacho até que ocorra uma decisão definitiva.
Até 2032
A Arena Porto-Alegrense tem contrato com o Tricolor, permitindo que ela faça a administração do espaço até dezembro de 2032. Se o clube gaúcho quiser assumir logo a gestão do imóvel, será preciso abrir o cofre.
O Grêmio ainda tem de pagar em torno de R$ 150 milhões para a Arena Porto-Alegrense pelos próximos sete anos. No ano passado, especulou-se que a empresa aceitaria receber R$ 60 milhões à vista.