A fábrica de volantes do Grêmio não para. Aos mesmos moldes de outros negócios, o clube compra jovens de times brasileiros e os revende à Europa por um valor muito superior. O maior exemplo foi Arthur, trazido ainda menino do Goiás e que, recentemente, trocou o Barcelona pela Juventus. Agora quem trilha um caminho semelhante é Diego Rosa, jovem que completará 18 anos em outubro, e foi negociado com o Manchester City, da Inglaterra.
Existem diferenças entre os dois atletas, é claro. A principal delas é que Diego Rosa sequer estreou pelos profissionais. Porém, o modelo de negócio que levou Arthur à Espanha em 2018 serviu de exemplo para que o Tricolor estabelecesse algumas cláusulas no contrato, podendo lucrar até 24 milhões de euros (mais de R$ 145 milhões pela atual cotação) mesmo longe de Porto Alegre. Para isso, o jogador terá de bater três metas por seu novo clube, que acionarão gatilhos, com valores mantidos sob sigilo. GaúchaZH apurou quais são estes objetivos. Confira:
Primeiro estágio
Pelo contrato de cinco anos, acertado no último fim de semana, ficou estabelecido que os ingleses pagarão inicialmente 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 30 milhões), divididos em duas partes — uma agora, e a outra em janeiro, quando ele embarcará de vez para a Europa. Deste montante, 70% será destinado aos cofres gremistas e os outros 30% ficarão com o Vitória, por quem ele jogou até 2017.
Em sua primeira temporada no Velho Continente, Diego não será comandado por Pep Guardiola. Isso porque o City Football Group, empresa árabe que administra o Manchester City, pretende repassá-lo a outro de seus clubes para que ele adquira experiência. Atualmente, o conglomerado possui oito equipes espalhadas pelo mundo: New York City, nos Estados Unidos, Melbourne City, na Austrália, Yokohama Marinos, no Japão, Girona, na Espanha, Sichuan Jiuniu, da China, Mumbai City, da Índia, Montevideo City Torque, no Uruguai, e o Lommel, da Bélgica. Porém, ainda não está definido para onde ele será enviado. Pode ser, inclusive, que atue por empréstimo em um outro time europeu.
Independentemente de onde for, é nesta fase que o primeiro gatilho poderá ser acionado, gerando cerca de 4 milhões de euros (pouco mais de R$ 24 milhões). Para isso, o volante precisará atuar em 50% dos jogos deste primeiro clube.
Etihad Stadium
A partir do segundo ano de contrato, as outras metas poderão ser batidas, gerando os outros 15 milhões de euros (R$ 91 milhões). A primeira parte será recebida caso ele seja inscrito pelo Manchester City na Premier League (campeonato inglês). A outra virá caso Diego atue em 10 jogos da Premier League ou da Liga dos Campeões. Diego Rosa terá quatro anos para alcançar estes objetivos.