A perda de receitas causada pela parada nas competições provocada pela pandemia de coronavírus alterou o planejamento orçamentário dos clubes. No Grêmio, o presidente Romildo Bolzan Jr. calcula uma queda de R$ 25 milhões nas receitas. Assim, os contratos com fornecedores e prestadores de serviços estão sendo avaliados. A ordem é manter apenas o que for essencial.
— Analisamos os contratos do departamento de futebol. A gente priorizou manter só despesas essenciais. Estamos buscando reduzir os custos dentro do processo de responsabilidade e austeridade — comentou o vice de futebol Paulo Luz.
Por questões estratégicas, o Grêmio não divulga quais contratos foram cortados. O plano de contingência de despesas elaborado pela direção vai até 30 de junho e abrange a todos os setores do clube.
— Estamos revisando todos os nossos contratos com fornecedores, mantendo ativos somente aqueles considerados essenciais para a manutenção da operação do clube. E, mesmo nestes casos, os contratos são objeto de renegociação quanto ao valor e forma de pagamento. Todos os setores do clube, sem exceção, darão a sua parcela de contribuição no redimensionamento financeiro e orçamentário do clube para 2020 e 2021 — ressalta o CEO Carlos Amodeo.
Em férias desde quarta-feira (1º), os jogadores do Grêmio chegaram a um acordo com a direção para redução salarial e ficarão sem receber os direitos de imagem durante o período de paralisação. No momento, a direção acredita que a medida dá fôlego e cortes na base e no quadro de funcionários do departamento do futebol não devem ocorrer.
O que certamente será afetado é a capacidade do clube de fazer contratações. Paulo Luz ressalta que, ao menos que haja alguma venda, o Grêmio irá apostar no atual elenco para quando as competições voltarem a ser disputadas.
— Nesse momento, o grupo que temos está fechado. Até porque, por toda essa dificuldade financeira, a prioridade é honrar os compromissos assumidos — acrescentou.