Sem arrecadações de bilheterias, direitos de transmissão e quadro social, algumas renegociações de contratos de publicidade tem ocorrido e os clubes de futebol têm trabalhado com um cenário de prejuízos futuros em função da quarentena do coronavírus. Uma das formas de manter receitas tem sido reduzir salários de jogadores e repactuar pagamentos de fornecedores, por exemplo.
E esse quadro de indefinição deverá refletir na chamada janela de transferências, que para muitos clubes, especialmente os do Brasil, é uma grande fonte de arrecadação. Dessa forma, viabilizar contratações exigirá criatividade dos dirigentes.
Uma das formas que poderá ganhar força é a troca, algo que no Brasil foi muito utilizado nos anos 1970 e 80 e que na Europa é uma prática comum, apesar das milionárias transações.
— Não será novidade no Brasil e seria absolutamente insano desconhecer que todas as formas de negociação, não tem um caráter de criatividade. Claro que pode acontecer. Ainda não se discutiu isso, mas pode sim — ressalta o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior, que cita a troca feita com o Santos, em janeiro, que trouxe Victor Ferraz para a Arena e levou Madson para a Vila Belmiro, como exemplo.
Na história do Grêmio, uma das trocas de maior sucesso envolveu a ida do zagueiro Agnaldo Liz, para o Flamengo, e a vinda do atacante Magno, para o Grêmio, que ainda recebeu de contrapeso Paulo Nunes, que acabou sendo um dos protagonistas do time que conquistou a Libertadores de 1995, o Brasileiro de 1996, a Copa do Brasil de 1997, a Recopa Sul-Americana de 1996 e o bicampeonato gaúcho de 1995/96.