Foram 85 minutos de um clássico inesquecível. Estudado, jogado, brigado. A última palavra era em relação à partida. Pois quando virou brigado de fato desmoralizou o nosso Gre-Nal perante o continente. Esperamos uma vida inteira para o enfrentamento na Libertadores e recebemos isso de presente.
Falando do jogo, foi o enfrentamento mais honesto que tivemos nos últimos cinco anos. Grêmio e Inter poderiam sair vencedores. Criaram, cederam, anularam. No lado do Grêmio, gostei da partida do Diego Souza. Mais uma vez, conseguiu prender a zaga adversária e dar a oportunidade para os atacantes chegarem ao ataque.
Mas o Grêmio pecou. Podia ter marcado com Luciano, de frente com o Lomba. Dá-lhe um bago. Em decisão — e clássico é uma final — o atacante precisa emular o Fernandinho, em Lanús. Fecha o olho e mete o canudo. Tapinha por cima? Não. É proibido quando o rival é o seu maior adversário. Chuta forte. Manda goleiro, torcida e todo mundo para dentro do gol. Lembro de ver o Guilherma Costa, o Cabecinha, meu colega em Viamão, fazer isso no Interséries em 1992.
A verdade é a seguinte: a Dupla desponta como favorita no grupo. Tem muito mais condições de ir adiante na competição sul-americana. E deve confirmar a classificação. Espero, honestamente, que seja na bola, no campo. Não existe justificativa. Todos saímos prejudicados. Que vergonha. Um papelão.