O Grêmio fez um acordo com o Diadema-SP para pagar ao clube formador do atacante Pedro Rocha R$ 10 milhões referentes a percentual da venda do jogador ao Spartak Moscou, da Rússia, em agosto de 2017. Como o clube foi condenado em primeiro grau ao pagamento de R$ 11,8 milhões aos paulistas, o departamento jurídico tricolor entendeu que era melhor não correr o risco de levar o caso a instâncias superiores, onde a quantia poderia chegar a R$ 24 milhões.
— Fomos surpreendidos com aquela decisão em primeiro grau. Em segundo grau, o Grêmio deliberou que não queria correr o risco de ter essa quantia aumentada e fez um acordo para pagar R$ 10 milhões em 30 vezes de R$ 333,3 mil, com vencimento inicial neste mês — esclareceu o diretor jurídico Nestor Hein.
Ainda assim, o dirigente entende que a situação foi desconfortável ao Grêmio, que recebeu 11 milhões de euros (cerca de R$ 45 milhões, pela cotação da época) pelo atacante, que hoje defende o Flamengo. O clube gaúcho alega que havia uma cláusula no contrato assinado pelas duas equipes que colocava o dia 31 de dezembro de 2016 como prazo final para que os paulistas recebessem esta quantia. Como a transação foi concluída oito meses depois, Hein contesta a decisão judicial.
— Pagamos inconformados, porque foi uma decisão (em primeira instância) que nos deixou estupefatos. Eu sou advogado há quase 40 anos e nunca tinha visto coisa igual, porque estava tudo bem claro, assinado. Mas está feito, resolvido. Bola para frente, não adianta ficar reclamando — destacou o diretor jurídico gremista.