A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o Grêmio em primeira instância a pagar cerca de R$ 11,8 milhões ao Diadema-SP pela venda do atacante Pedro Rocha ao Spartak Moscou, da Rússia. A sentença, imposta pela juíza Kétlin Carla Pasa, da 12ª Vara Cível central de Porto Alegre, deu ganho de causa ao time paulista, que alega ter direito a 30% do valor recebido pela negociação do jogador para o futebol russo. O diretor gremista Nestor Hein, disse que o clube gaúcho irá recorrer e classificou a decisão como uma "aberração jurídica".
Inicialmente emprestado pelo Diadema para a base gremista em 2014, o atacante teve 70% de seus direitos econômicos adquiridos pelo Grêmio em janeiro de 2015, mediante pagamento de R$ 400 mil. Porém, o clube formador permaneceu com 30%.
Nos autos do processo, o Grêmio alega que uma cláusula no contrato dizia que o clube paulista só teria direito à sua parte caso o atleta fosse vendido até o final de 2015. Como a venda foi efetuada quase dois anos depois, a direção tricolor entende que não havia a obrigatoriedade do repasse. Como prova a favor do Diadema, foram utilizados os balanços financeiros do Grêmio referentes a 2015 e 2016, onde consta que apenas 70% de Pedro Rocha pertencia ao time gaúcho.
No início de 2018, a Justiça gaúcha já havia penhorado um terreno anexo ao CT Hélio Dourado, em Eldorado do Sul, avaliado em R$ 26 milhões, por conta da reclamatória paulista. A situação evitou o bloqueio das contas bancárias do Grêmio.
Autor de dois gols contra o Atlético-MG, na final da Copa do Brasil de 2016, Pedro Rocha foi vendido ao Spartak em meio à temporada de 2017 por 11 milhões de euros (cerca de R$ 45 milhões, pela cotação daquele momento). Em abril deste ano, o atacante foi contratado pelo Cruzeiro por empréstimo até o final do ano.