O jogo da próxima quinta-feira (5), na Arena, será repleto de emoção. Não por conta do Grêmio, que já garantiu presença na fase de grupos da Libertadores de 2020 e usará as duas últimas rodadas do Brasileirão para tentar melhorar seu posicionamento na tabela. Quem tem motivos de sobra para se preocupar é o Cruzeiro que, em caso de vitória do Ceará na quarta, entrará pressionado para vencer e não ser rebaixado. Se isso ocorrer, não será a primeira vez que o Tricolor causa a queda de um grande à Série B.
Há 12 anos, quem passava pelo mesmo calvário era o Corinthians, que tinha em sua equipe jogadores como o goleiro Felipe, o zagueiro Betão, o volante Vampeta e até um jovem Éverton Ribeiro, que atuava como lateral-esquerdo. Na ocasião, os paulistas empataram no Estádio Olímpico por 1 a 1 e, combinado à vitória de virada do Goiás sobre o Inter, no Serra Dourada, amargaram o primeiro rebaixamento de sua história.
— Foi difícil, porque poderíamos ser nós naquela situação ali. Então, foi um jogo diferente, tenso, mas tínhamos que ser profissionais e encaramos da melhor maneira possível, com todo o respeito ao Corinthians. Você via no rosto do adversário a tensão, o nervosismo, a ansiedade. E eu creio que agora, neste Grêmio x Cruzeiro, vai se passar pelo mesmo — comentou o volante William Magrão, que compôs a equipe de Mano Menezes naquela partida.
Prestes a completar 33 anos de idade, em fevereiro, Magrão era apenas um menino que subia da base gremista em 2007. Transformado em titular da equipe por Mano Menezes na reta final daquele ano, o volante garante que o Tricolor não tirou o pé nem ouviu o pedido de um adversário para que facilitasse o jogo para o Corinthians.
— Não lembro de algum jogador pedir para deixar ganhar. E nós sabemos que não tem como acontecer isso no futebol de hoje, de perder o jogo para beneficiar um ou outro — atesta ele.
Aliás, Magrão se mostra dividido quanto à partida de quinta-feira. Acertado com o São Bernardo para a disputa da Série A2 do Campeonato Paulista de 2020, o jogador ostenta em seu currículo uma passagem pelo próprio Cruzeiro em 2012.
— Tive a felicidade e a honra de jogar no Cruzeiro e estou torcendo para que eles saiam dessa situação. É um clube fantástico, mas que está passando por situações difíceis tanto dentro como fora de campo — declarou.