Neste fim de ano, um dos grandes desafios do presidente Romildo Bolzan, de sua direção e de Renato, que participa ativamente da escolha dos contratados do Grêmio, é a busca por um camisa nove. Se, lá no começo do ano, quando Diego Tardelli foi anunciado, alguém dissesse que estaríamos falando sobre isso hoje, esse alguém poderia ser tachado de louco.
Afinal, Tardelli foi uma das contratações mais caras dos últimos anos, e um dos jogadores que mais gerou expectativa nos torcedores pela sua qualidade. Porém, ele não deu a resposta esperada, foi mal no começo do ano, teve alguma melhora da metade para o fim do ano, mas, nem de longe, correspondeu ao que se esperava de um jogador do nível dele.
Depois de ler a manifestação do nosso presidente, de que não há mais clima para a permanência do camisa nove, fiquei pensando: concordo, é claro, sobre a tal falta de clima. Mas acredito que André não tinha clima nenhum para jogar no Grêmio em 2019, devido ao péssimo 2018 que teve por aqui. Mas Renato o bancou, deu mais um ano de chances para ele, esgotando todas as possibilidades de André mostrar a que veio.
Pré-temporada
Entendo a manifestação do presidente, mas acredito que o mesmo critério poderia ser utilizado para Tardelli. É nítido que ele chegou fora de ritmo, que demorou para se ambientar, teve problemas pessoais, que devemos respeitar, mas apresentou alguma melhora no fim do ano. Tenho sérias dúvidas se o Grêmio terá caixa para bancar uma grande contratação para o ataque em 2020, algo que é muito necessário, pois seguiremos competindo contra times muito fortes, como Flamengo e Palmeiras.
Por isso, eu insistiria em Diego Tardelli, que terá feito uma pré-temporada com todo o grupo, e poderá começar 2020 na ponta dos casco. Mas, caso ele tenha boas atuações no Gauchão, o que é bem provável, devido ao baixo nível técnico de nosso campeonato, não podemos achar que está tudo resolvido. Tardelli tem que dar resposta qualificada em jogos do Brasileirão e da Libertadores.