O Flamengo pouco tem tido folga. Foram nove jogos nos últimos 30 dias — média de uma partida disputada a cada 3,3 dias. Na final da Libertadores e líder do Brasileirão, o time comandado por Jorge Jesus, diferentemente da maioria dos adversários, vem sendo o mesmo em todos os duelos.
— Descansar? Isso não existe. Vamos descansar nos dias que temos. Quinta, sexta, sábado, etc. Domingo é para correr. Se tivermos jogadores com sinais de lesão, é outra coisa — chegou a dizer o técnico português ainda antes de enfrentar o Grêmio no Maracanã, no jogo de volta das semifinais do torneio continental.
Mas, agora, a tendência é de time misto para novamente encarar o Tricolor. Para a partida de domingo (17), na Arena, três desfalques são certos: o atacante Bruno Henrique e os volantes Gerson e Willian Arão, todos suspensos. Porém, as ausências não devem ser apenas essas.
Depois do empate com o Vasco, o treinador deu a entender que não utilizará uma equipe totalmente reserva em Porto Alegre, mas que também não poderá escalar alguns titulares no fim de semana que antecede a final da Libertadores, que será disputada no sábado, dia 23, em Lima, no Peru.
— Vamos olhar o que é mais importante para o clube, que está próximo de conquistar dois títulos. Vamos pensar uma forma para que o time não fique desequilibrado e possa somar pontos contra o Grêmio. Qualquer ponto nesse momento é importante, e vamos pensar na equipe que vamos mandar a campo. Temos o máximo de respeito pelos jogadores, comissão técnica e torcedores do Grêmio. Olhamos para o Grêmio como nosso rival e nada mais do que isso — disse Jesus.
É possível que fiquem de fora, além dos suspensos, jogadores que têm disputado muitas partidas, como o meia Éverton Ribeiro, o zagueiro Pablo Marí e o lateral-esquerdo Filipe Luís. Se eles forem poupados, entram na equipe Diego, Rhodolfo e Renê, respectivamente. Desta forma, a equipe teria ao menos seis reservas.
Assim, uma ideia de time para domingo tem Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Rhodolfo e Renê; Piris da Motta e Vinícius Souza (Diego); Vitinho (Diego), Arrascaeta e Reinier; Gabigol.
O modelo de jogo, ainda que a equipe tenha mudanças, não deve ser modificado. A marcação pressão, a transição rápida e constante troca de posições dos jogadores de ataque devem ser mantidas.
— Mesmo com os desfalques, acredito que a proposta do Flamengo não vá mudar. A equipe vai tentar controlar o jogo e ter mais posse de bola — avalia o repórter Fred Huber, setorista do Flamengo no globoesporte.com.