A diretoria do Grêmio garante não se preocupar com a notícia publicada neste domingo (10), pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, de que a Caixa estaria executando uma dívida de R$ 44 milhões da OAS — empreiteira que ergueu a Arena.
A nota da publicação carioca afirma que o banco "executou a dívida da Arena do Grêmio" a exemplo do que fez recentemente em relação ao Itaquerão, do Corinthians, em São Paulo. A diretoria gremista, porém, acredita que uma eventual cobrança não diga respeito de fato ao estádio tricolor, já que os credores, nesse caso, são Banrisul, Santander e Banco do Brasil.
Conforme o presidente gremista, Romildo Bolzan, a Caixa tem participação no financiamento para a construção do empreendimento imobiliário no entorno, mas não para a obra do estádio. Por isso, o clube avalia que qualquer problema diz respeito apenas à OAS e não tem interferência na negociação para a compra da gestão da Arena — pela qual o Grêmio assumiria o pagamento para os bancos envolvidos.
A Karagounis, empresa responsável pelos empreendimentos imobiliários, informou não ter conhecimento de qualquer cobrança envolvendo o entorno do estádio. Uma fonte ligada às negociações para o clube assumir a gestão da Arena acredita que a suposta execução poderia ter relação com alguma dívida contraída diretamente entre a OAS e a Caixa e que a nota do Globo estaria equivocada.
Caixa
GaúchaZH procurou a assessoria de imprensa da Caixa para confirmar a possível execução do débito e esclarecer a que financiamento poderia se referir de fato. A comunicação do banco relatou que não seria viável obter essas informações ainda no domingo por não ter acesso aos profissionais responsáveis por essa área durante o final de semana.
O maior risco, na avaliação de dirigentes tricolores, seria a empreiteira — atualmente em recuperação judicial — entrar em situação de falência. Até o momento, não há nenhum indício concreto disso. O Grêmio informa que a negociação para a compra da gestão da Arena segue em andamento, e a expectativa é de um desfecho positivo até o final de 2019. O clube estuda a possibilidade de assumir a responsabilidade sobre as obras no entorno do estádio.
Entre os trabalhos que precisam ser realizados estão a duplicação da avenida A.J. Renner, melhorias na rede de água e esgoto para atender futuros empreendimentos na região, reformas das paradas de ônibus locais e construção de ciclovia. Estas obras deveriam ser feitas pela Karagounis, mas a empresa está com dificuldades para concluir os trâmites de aprovação para o início dos trabalhos. O que está sendo feito agora é a construção de um novo acordo pelo qual o Grêmio realizaria as obras como uma espécie de antecipação das obrigações futuras da Karagounis, com o clube sendo ressarcido no novo contrato.