Já são dois jogos consecutivos em que Luciano é o centroavante do Grêmio. O primeiro foi contra o Botafogo, quando, com André suspenso, deu assistência para Maicon abrir o placar na vitória de 3 a 0.
Nesta quarta-feira (30), mesmo com o antigo titular à disposição, foi mantido no time e marcou o terceiro gol, de pênalti, na virada de 3 a 1 sobre o Vasco. Mas, além das jogadas decisivas, Luciano apresentou um papel tático maior.
Fora da área
Em seus primeiros jogos com a camisa tricolor, o atacante era escalado aberto pela direita — como já havia atuado por Corinthians e Fluminense, seu antigo clube até a metade do ano. O cacoete de sair da área pode explicar porque, mesmo agora, quando teria de aparecer mais centralizado, continua deixando a área para receber a bola.
Renato já explicou que, ao perder Luan e Jean Pyerre por lesões, pede para que Diego Tardelli e Luciano alternem posições. Assim, cada um deles ora aparece como meia-atacante, ora como centroavante. A movimentação fica evidente na análise do mapa de calor do atleta. Nos dois jogos, ele apareceu muito pouco entre os zagueiros adversários. No primeiro deles, é possível ver sua presença mais constante na própria área do Grêmio.
Contribuição defensiva
Com 1m80cm de altura, Luciano não pode ser considerado um atacante de grande estatura — costuma enfrentar defensores mais altos do que ele. Entretanto, tende a se sobressair pela boa impulsão, principalmente na bola aérea defensiva.
Como mostra o mapa de calor acima, o jogador esteve mais presente na área de Paulo Victor do que na adversária. E, nos números frios, esta avaliação fica ainda mais evidente. Contra o Botafogo, foram seis rebatidas — ficando atrás apenas de Geromel, com 10, Cortez, com nove, e Kannemann, com sete. Diante do Vasco, foram três, mas também colocando-o como um dos líderes neste quesito — Paulo Miranda, com 10, David Braz, com oito, e Léo Moura, com cinco, aparecem a sua frente.
Baixa participação
Pelo que se viu, Luciano pode ser considerado um jogador terminal. Além de balançar as redes vascaínas, ele foi responsável por seis finalizações nas duas partidas — três foram em direção ao gol. Também deu três assistências para que outros companheiros finalizassem. Porém, sua participação no jogo é muito baixa.
Nos dois jogos em que atuou como centroavante, foi um dos jogadores gremistas que menos trocou passes — oito contra o Botafogo (12º, atrás até mesmo do goleiro) e 18 contra o Vasco (10º do time).