A partida da noite desta quarta-feira (10) na Arena, contra o Bahia, representa alguns reencontros para o Grêmio. O mais importante deles para os torcedores é com o próprio time, que não atua em casa desde a goleada por 3 a 0 sobre o Juventude, na volta das oitavas de final da Copa do Brasil, em 29 de maio. De lá para cá, foram três jogos longe de Porto Alegre e uma intertemporada de 28 dias.
Mas, além dessa saudade de assistir ao Grêmio em campo, o duelo reserva outros atrativos. O atacante Everton, que brilhou com a camiseta da Seleção Brasileira na Copa América, estará em campo. Há, também, o retorno de Luan à equipe titular na função de falso 9, na qual foi campeão em 2016. E, ainda, a presença do técnico Roger Machado na casamata adversária.
Quanto ao Cebolinha, ele falou terça-feira (9) à tarde em tom de despedida ainda que tenha afirmado que nenhuma proposta oficial chegou ao seu conhecimento. Se havia uma possibilidade de o camisa 11 ser preservado, ela foi dirimida pelo próprio jogador e pela direção do clube, que confirmaram Everton em campo.
— Tenho de estar focado totalmente aqui porque sou jogador do Grêmio e pretendo ajudar. Falei para o professor que estou apto para jogar. Consegui descansar ontem (segunda-feira) e aproveitar a família também, porque na quarta-feira queria estar dentro de campo — disse em entrevista coletiva.
Certamente, ele será uma das principais atrações desta noite, depois de ser um dos destaques da Copa América, terminando a competição como artilheiro. Everton reconheceu que, a partir de agora, cada jogo pode ser o seu último com a camisa tricolor. Sobre isso, pediu para se manifestar após a partida contra o Bahia.
— Depois do jogo, na quarta, posso falar algo, me posicionar. Creio que não é o momento, para não criar expectativa, ansiedade, porque amanhã (hoje) temos um jogo importante e eu pretendo estar em campo para ajudar — reiterou.
Questionado a respeito do que seria uma despedida dos sonhos do Grêmio, Everton disse que o ideal seria sair depois de conquistar mais um título, mas sabe que o adeus pode vir a qualquer momento.
— A despedida dos sonhos de qualquer jogador seria conquistando um título. Mas, como o futebol é dinâmico, muito rápido, não se sabe se está entrando em campo pela última vez — salientou.
E ele terá a missão de comandar a equipe em busca do primeiro passo para a classificação, que é vencer a partida de ida, em casa. Para o ex-ponta-esquerda do Grêmio e campeão da Copa do Brasil de 1989 com a camisa tricolor Paulo Egídio, o fato de Cebolinha estar com ritmo de jogo lhe dará vantagem em relação aos demais jogadores.
— Ele vem embalado, vem de jogos difíceis, importantes e está muito bem. Quando você volta depois de 30 dias parado, não é a mesma coisa. Ele está em um ritmo bom e, por isso, sai na frente — avalia o ex-atleta.
Quanto a Luan, que voltará a atuar como o homem mais avançado do ataque, existe uma grande expectativa: será que ele conseguirá retomar o bom desempenho de 2016 e, especialmente, de 2017, quando foi eleito o "Rei da América"? Para o ex-atacante do Grêmio e campeão da Copa do Brasil pelo clube em 1997 Rodrigo Gral, é nesse tipo de partida que o camisa 7 costuma se sobressair.
— Luan é um jogador de muita qualidade, que está tentando buscar sua melhor forma física e técnica. Qualidade tem e muita, já demonstrou isso. Precisa saber se estará em uma noite iluminada. São esses jogos que ele costuma aparecer — destaca o ex-jogador.