O Grêmio de Renato Portaluppi tem pelo menos duas dúvidas para o jogo desta quarta-feira (10), contra o Bahia de Roger Machado. Maicon deixou o treino desta terça-feira (9) mais cedo, com dor no tornozelo direito após uma pancada. Além dele, Diego Tardelli não participou da atividade e ambos são incógnitas para a partida na Arena.
Mas o duelo vale mais do que pode aparentar. Para o time gaúcho representa seguir a busca pelo hexa da Copa do Brasil, enquanto que para a equipe baiana seria a primeira vez nas semifinais do torneio. Ambos tratam a competição como prioridade, por ser uma competição curta e também pela vultuosa quantia financeira paga pela Confederação Brasileira de Futebol ao campeão: R$ 50 milhões, que somada às outras fases ultrapassa R$ 60 milhões em premiações.
— Tanto Grêmio quanto Bahia vão em busca desse título, que representaria uma consolidação do trabalho do Roger ou um ganho de confiança para o time do Renato nas demais competições. Mas ainda acho que o calendário deveria recomeçar com um jogo pelo Brasileiro e não com um jogo decisivo pela Copa do Brasil — destaca o ex-zagueiro Mauro Galvão, campeão do torneio com o Tricolor gaúcho em 2001 e 1997, quando era o capitão da equipe.
Ele recorda, também, que Roger Machado esteve ao seu lado nas duas conquistas (e também em 1994). E, embora considere o Grêmio favorito a vencer o confronto, entende que será um duelo tático bastante atrativo.
— O Renato e o Roger se conhecem bem. O próprio Renato pegou o time que o Roger vinha trabalhando. Mas, hoje em dia, não tem tanto segredo, é possível acompanhar tudo. O Bahia vai ter de explorar mais os contra-ataques e o Grêmio precisará aproveitar as chances que tiver. Vai ser uma disputa interessante — avalia Mauro Galvão.
Campeão com o Grêmio em 1997, ao lado de Roger, e com boa passagem pelo Bahia em 2010, treinado por Renato, o ex-atacante Rodrigo Gral acredita que não existe favorito neste enfrentamento. Segundo ele, será um jogo de duas grandes equipes que estão em alta.
— O Grêmio é copeiro e tem tradição, mas o Bahia decide em casa e eu sei bem também a força daquela torcida apoiando sem parar. Para mim, serão dois grandes jogos decididos nos detalhes. Não vejo nesse momento um favoritismo para algum lado, mas sim um equilíbrio pelo contexto envolvido — salienta.
Será neste clima de reencontros e bom momento de ambos os lados que os dois times se enfrentarão nesta quarta-feira. Por ser o caminho mais curto, já que são apenas seis jogos para chegar ao título, a Copa do Brasil se torna a principal chance de conquista. Mas, como ressalta o ex-ponta esquerda Paulo Egídio, não se pode esquecer das demais competições.
— A Copa do Brasil é o tiro curto. É preciso dar atenção à Copa do Brasil, mas não pode se esquecer que tem uma Libertadores e um Brasileirão pela frente. Mas acredito que o Grêmio vai ter uma retomada legal, usando muito o elenco. Vejo a equipe com condição de ir bem em todas elas — ressalta o jogador campeão com a camisa gremista em 1989, naquela que foi a primeira das cinco conquistas da Copa do Brasil pelo clube.